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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
PREPARO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE PARA LIDAR COM A VIOLÊNCIA NO MUNICÍPIO DE SOBRAL-CE
Relatoria:
Maria Luisa Damasceno Silva
Autores:
  • MARISTELA INES OSAWA VASCONCELOS
  • MARIA SOCORRO DE ARAUJO DIAS
  • DANIELLE SOUZA SILVA VARELA
  • SAMY LORAYNN OLIVEIRA MOURA
  • JOSE AMAURI DA SILVA JUNIOR
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O papel do Agente Comunitário de Saúde (ACS) é de extrema importância na Estratégia de Saúde da Família (ESF) nas mais diversas situações, sendo imprescindível que esteja preparado para lidar com as adversidades associadas a vulnerabilidade social e exposição à violência, a fim de reduzir os riscos atrelados ao trabalho. Objetivo: Investigar o preparo dos ACS para lidar com situações de violência no território de atuação no município de Sobral-CE. Metodologia: Recorte de estudo multicêntrico, de natureza quantitativa, com desenho transversal, descritivo, desenvolvido nos municípios de Fortaleza, Sobral e complexo Crajubar (municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha). A coleta de dados aconteceu de julho a setembro de 2021, através de questionário com perguntas abertas e fechadas, tendo participado 203 ACS de Sobral. A pesquisa teve aprovação do CEP da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Cariri CAAE N° 41955020.1.1001.5698. Resultados: Os dados coletados apontam que 67% dos ACS afirmam que violência está presente nos territórios em que atuam. Porém, apenas 15% afirmam ter recebido algum tipo de treinamento para lidar com essa problemática. Quando questionados sobre se sentirem capacitados para lidar com a violência na comunidade, 37,4% dos profissionais responderam que sim, apontando como principal justificativa seu forte vínculo com a população, algo talvez relacionado ao longo tempo de trabalho, para 70% dos profissionais superior a 10 anos. Conclusão: Foi possível notar que mesmo sem a capacitação profissional adequada, foi significativo o número de profissionais que sentem-se preparados para lidar com situações de violência, desenvolvendo seus próprios meios de enfrentamento, onde se destacaram a criação de vínculo e o diálogo com a comunidade. Por outro lado, não se pode esquecer da necessidade de suporte por meio de capacitações, para melhor subsidiar intervenções em cenários complexos de violência nos territórios de atuação.