INTRODUÇÃO: A região Norte tem em sua expansão demográfica e territorial bacias hidrográficas e a maior floresta existente. Nela encontram-se as populações ribeirinhas, as quais vivem às margens dos rios e lagos. Estes sobrevivem da agricultura familiar, pesca, caça e subsídios de programas sociais, sofrendo com desigualdades sociais severas, dificuldades de acesso aos serviços de saúde e níveis de pobreza muito elevados, contribuindo para um contexto sanitário de limitações educacionais, concomitante a elevadas taxas de morbimortalidade por doenças evitáveis e de cunho parasitário. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante visita domiciliar a populações ribeirinhas. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência acerca da visita domiciliar a populações ribeirinhas em maio de 2022. O contato ocorreu por meio da prática do componente curricular Enfermagem em populações tradicionais e da Amazônia da Universidade do Estado do Pará. Foi realizado duas visitas domiciliares na ilha de Cotijuba no Pará. Os acadêmicos foram acompanhados pela docente e pela técnica de enfermagem da unidade de saúde da ilha. RESULTADOS: Os resultados apresentados a partir da visita domiciliar demonstraram fragilidades do acesso dessa população ao serviço de saúde, tais como: a dificuldade no alcance às casas, principalmente nas mais afastadas, destacando também as condições de moradia, além disso há uma escassez de suprimentos hospitalares e profissionais dentro da unidade, assim como a necessidade de educação continuada com a equipe e ações em saúde que promovam uma melhora no serviço e assistência ao povo ribeirinho. CONCLUSÃO: No presente estudo, observa-se a relevância do atendimento holístico e ações que promovam intervenções diferenciadas, considerando os aspectos sociais, potencializando assim a prevenção e tratamentos de doenças. Além disso, destaca-se a importância de investimentos estruturais e profissionais que viabilizem a equidade e eficácia na assistência prestada.