Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
FATORES DE RISCO COMUNS ÀS DOENÇAS CARDIOVASCULARES E PRÉ-ECLÂMPSIA E ASSOCIAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DESTA
Relatoria:
JOÃO JOADSON DUARTE TEIXEIRA
Autores:
- Bárbara Brandão Lopes
- Maria das Graças da Silva Guerreiro
- Weslley Tiago Sousa Alves
- Nádya dos Santos Moura
- Mônica Oliveira Batista Oriá
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) são responsáveis por altas taxas de morbimortalidade geral em todo o mundo. Na população feminina acrescenta-se ainda os fatores relacionados aos Distúrbios Hipertensivos Gestacionais, dentre eles a Pré-Eclâmpsia (PE). Deste modo, a American Heart Association considera a PE como um dos principais fatores de risco agravantes na gestação para associação ao Risco Cardiovascular. A hipótese de que a mulher desenvolve PE porque já teria os fatores de risco cardiovasculares presentes antes mesmo da gestação precisa ser melhor elucidada. Objetivo: Identificar fatores de risco para DCV e PE em um grupo de gestantes; verificar a associação entre os fatores de risco cardiovascular e o desenvolvimento da PE. Método: Tratou-se de coorte aberta prospectiva, de gestantes captadas no 1º trimestre gestacional e acompanhadas até o parto, entre abril/2018 e junho/2019, em Fortaleza, Ceará, Brazil, envolvendo 18 Unidades de Atenção Primária à Saúde. Dados coletados por meio de formulário e processados no Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 24.0, com modelo de regressão logístico ajustado no software R versão 3.5.5. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer 2.448.308). Resultados: Amostra final composta por 101 gestantes, destas 25 (24,75%) desenvolveram PE. A idade média foi de 24,97 anos (±6,35). A maioria vivia com o companheiro (70,29%), tinha pelo menos nove anos de estudos (79,21%), era dona de casa (44,55%), sem renda ou com renda inferior a um salário mínimo (69,3%), pardas (75,25%), natural de Fortaleza (63,37%). Apenas 42,57% das gestantes afirmaram praticar alguma atividade física antes da gravidez, 47,52% tinham Índice de Massa Corpórea (IMC) compatível com Sobrepeso e Obesidade; 91,09% não fumavam; 82,18% delas apresentaram pressão arterial normal no 1º trimestre; 85,15% tiveram exame de glicemia dentro dos padrões de normalidade; 70,30% referiram histórico de DCV e 9,90% relataram casos de PE na família; 8,91% tiveram distúrbio hipertensivo no parto anterior. Conclusão: Dos fatores de risco comuns às DCV e PE, apenas o IMC foi associado ao desenvolvimento de PE. O IMC é a métrica recomendada pelas sociedades científicas para avaliação da obesidade da população. Fica evidente, portanto, uma relação entre obesidade e desenvolvimento de PE, aumentando assim o risco cardiovascular.