Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DOS ATENDIMENTOS AMBULATORIAIS DE AURICULOTERAPIA EM MUNICÍPIOS DO SUL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Relatoria:
ELIZA MARA DAS CHAGAS PAIVA
Autores:
- Luana da Silva Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Nos últimos anos houve uma expansão substancial das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema Único de SAúde (SUS), sobretudo
na Atenção Primária à Saúde (APS). Dentre elas, destaca-se a auriculoterapia, um importante recurso terapêutico que pode ser utilizado para o tratamento de uma
ampla gama de doenças e desordens de saúde, além de poder ser executada por diversas categorias profissionais. É de grande valia que essa terapêutica seja
incorporada à prática profissional dos enfermeiros que atuam no SUS, haja vista que esses possuem um relevante papel na assistência contínua e humanizada aos
pacientes com os mais diversos tipos de comorbidades. Objetivo: Analisar a configuração dos atendimentos de auriculoterapia pelas diversas categorias profissionais em um cinco municípios do sul do Estado de Minas Gerais, entre os anos de 2017 e 2021, com enfoque naqueles realizados pelo enfermeiro. Método: estudo quantitativo, exploratório, descritivo e transversal, realizado com dados secundários obtidos por meio do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS), referente aos registros dos atendimentos de auriculoterapia de cinco municípios que compõem a macrorregião Sul do Estado de Minas Gerais. Resultados: O ano com maior quantidade de atendimentos de auriculoterapia registrados no SIA/SUS foi 2019 (46,0%), seguido por 2018 (27,4%). Houve 5972 registros de atendimentos
de auriculoterapia. O principal profissional envolvido nos atendimentos foi o fisioterapeuta (27,5%), seguido por farmacêuticos (19,8%) e nutricionistas (16,8%). Dado digno de nota foi que a categoria profissional enfermeiro representa apenas 13,0% dos atendimentos registrados. Conclusão: a utilização da auriculoterapia pelo profissional enfermeiro ainda enfrenta barreiras para consolidar-se no âmbito dos atendimentos do SUS. Desse modo, é essencial que haja politicas públicas de incentivo e maior enfoque em cursos de formação e incentivos à prática da auriculoterapia entre os enfermeiros, bem como o registro desse atendimento nas bases. Uma vez identificadas as particularidades dos atendimentos de auriculoterapia no recorte regional estudado, espera-se suscitar a reflexão entre
instancias gestoras e a elaboração de políticas públicas de incentivo ao uso da auriculoterpia na Atenção Básica, sobretudo para o enfermeiro, uma vez que este profissional ocupa um papel primordial no atendimento à pessoas acometidas por diversas patologias atendidas na APS.