Introdução: O processo de efetivação da Estratégia Saúde da família (ESF) enfrenta uma variabilidade de desafios, no qual tenta-se superar por meio do levantamento de reflexões acerca da formação profissional e sua relação com o desempenho assistencial. Sob essa perspectiva, a residência multiprofissional surge como inovação de ensino, com a capacidade de integração ensino-serviço-comunidade, atuando frente as lacunas de formação profissional e propiciando uma aproximação profissional-rede de saúde, a fim de garantir a efetividade do cuidado e a geração de conhecimento ao residente. Objetivo: Mapear a formação de profissionais na atenção primária a saúde por meio da residência multiprofissional. Métodos: Revisão de escopo conforme premissas do Instituto Joanna Briggs, cujas buscas foram realizadas nas bases LILACS, MEDLINE, Web of Science, CINAHL, e nas bases da SciELO e BVS. Utilizou-se de mapa conceitual para esquematizar as evidências analisadas. Resultados: as residências multiprofissionais implementam-se nos serviços de saúde ancorando-se na prática colaborativa e interprofissional, sob supervisão e auxílio pedagógico de preceptores e tutores. Os momentos formativos implementados englobam atividades teóricas, práticas e teórico-práticas divididas por núcleo profissional e transversais. Materializam-se desafios à formação, como: falta de estrutura das unidades de saúde, resistência de trabalhadores e gestores e incertezas frente aos contextos de atuação. Considerações Finais: a formação na residência multiprofissional em saúde na Estratégia Saúde da Família contribui com a efetivação desta, fortalecendo o fazer saúde embasado na promoção da saúde, longitudinalidade e interprofissionalidade.