Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
A AURICULOTERAPIA FRENTE A DEPRESSÃO E ANSIEDADE: PROTAGONISMO E INOVAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Relatoria:
Rafaela Ferreira Mendes Freire
Autores:
- Natália Loureiro Rocha
- Juliana Ribeiro de Mello
- Gabrielle Rodrigues da Silva
- Ana Paula Mattos Debossam
- Júlia Nascimento Ramos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A terapia auricular compreende um conjunto de técnicas baseadas na Medicina Tradicional Chinesa e faz parte da proposta da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde, atuando de forma a promover a regulação psíquica-orgânica do indivíduo através de estímulos nos pontos energéticos da orelha. No Brasil, a prática de auriculoterapia é aprovada como especialidade e/ou qualificação profissional segundo as diretrizes do COFEN. Estudos recentes apontam os benefícios dessa prática nos serviços primários para alívio de estresse, tendo obtido destaque no período da pandemia de COVID-19. Objetivos: Abordar a experiência dos autores no uso de auriculoterapia para o manejo do usuário em acompanhamento para ansiedade e/ou depressão em uma Unidade Básica de Saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo na modalidade de relato de experiência a partir da vivência de enfermeiras e graduandas de enfermagem na assistência a pacientes em sofrimento psíquico em uma Unidade Básica de Saúde da zona norte do município do Rio de Janeiro através da terapia complementar. A ação se deu entre o período de outubro a dezembro de 2021, com atendimento em grupo realizado semanalmente e contou com a participação de 49 pacientes, dentre eles, 37 usuários em acompanhamento para transtornos ansiosos e depressão. Resultados: Os 37 usuários foram referenciados ao grupo por estarem em acompanhamento contínuo à demandas psíquicas que se acentuaram no período da pandemia de COVID-19. Dentre os sintomas destacados na triagem inicial destaca-se: insônia, perda de vontade para exercer atividades cotidianas, tristeza, apatia, baixa autoestima, desesperança, dificuldade de concentração, manifestações físicas e afins. Após o período de três meses constatou-se nos discursos uma redução de sintomas como baixa autoestima, insônia e tristeza. A totalidade dos usuários apontam a auriculoterapia como facilitador durante o período da pandemia, auxiliando no enfrentamento da perda e do isolamento social. Conclusão: Embora os usuários estivessem em acompanhamento medicamentoso para os transtornos supracitados foi possível enxergar melhora no relacionamento interpessoal, funcionando como coadjuvante no cuidado à saúde mental dos mesmos. Ademais, foi possível estreitar o vínculo e garantir um cuidado longitudinal entre o enfermeiro e usuário, atuando como ponte para a inovação, autonomia e protagonismo do enfermeiro na atenção primária.