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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
SAÚDE MENTAL DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DURANTE A PANDEMIA E AÇÕES DE ENFRENTAMENTO AO SOFRIMENTO PSÍQUICO
Relatoria:
Maria Lúcia Bezerra Neta
Autores:
  • Danielle Lima Araújo
  • Priscilla Maria de Castro Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A Organização Pan-Americana da Saúde declara que a saúde mental depende não apenas de fatores individuais, mas também de questões sociais, culturais, políticas, ambientais e econômicas. A pandemia de COVID-19 surgiu como fator complicador e catalizador de inúmeras situações de sofrimento psíquico, e, enredada no contexto universitário, pode apresentar diversas formas de expressão. O isolamento social se tornou a mais nova realidade instruída por autoridades mundiais e por especialistas em infectologia, no entanto, ainda que o movimento de isolamento seja positivo para garantir a integridade humana, este pode ser desagradável psicologicamente para quem o vivencia. Outro ponto importante que surge em pauta dos significados trazidos pela pandemia é de como promover o cuidado em saúde mental diante das questões vivenciadas pelo público universitário. Logo, a partir dos argumentos apresentados, a pesquisa por finalidade verificar as situações de sofrimento psíquico emergentes à pandemia e a participação dos estudantes em ações de enfrentamento ao sofrimento psíquico. O estudo foi norteado pelo método da pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem quantitativa. Os dados, por sua vez, foram analisados por estatística descritiva simples. Realizou-se a coleta de dados de forma remota e a técnica adotada foi a partir de um questionário estruturado na plataforma “Google Forms”, de maneira que pudesse acolher respostas na categoria on-line e abarcar estudantes de distintas regiões do país. Os dados apontam que a pandemia atingiu a saúde mental de 95,9% (n = 46) dos estudantes participantes da pesquisa; as principais situações de sofrimento psíquico foram estresse/irritabilidade e ansiedade, ambas com representatividade de 89,8% (n = 44); foram identificadas como principais estratégias de cuidado as lives em redes sociais (61,2%; n = 30) e a Terapia Comunitária Integrativa (30,6%; n = 15), percentual também referido quanto a estratégia de escuta individual; e em relação ao auxílio prestado pelas atividades on-line voltadas para saúde mental, 79,6% (n = 39) apontam de maneira afirmativa quanto a efetividade dos objetivos das ações. O estudo apresentou evidências de que os tempos vivenciados com a COVID-19 trouxeram sofrimento para os jovens nos distintos contextos, sobretudo, no universitário. As estratégias de cuidado em saúde foram multifacetadas, com participações satisfatórias do público-alvo, e sua atuação foi experienciada com resultados positivos.