INTRODUÇÃO: A violência obstétrica é um problema de saúde pública, uma vez que os números são acentuados e muitas vezes mascarados pela equipe profissional, necessitando assim, de intervenções políticas e culturais, principalmente, na formação de profissionais e gestores da saúde. OBJETIVO: identificar a contribuição do enfermeiro frente os impactos emocionais da violência obstétrica em mulheres. METODOLOGIA: Trata-se de revisão integrativa, a fim de contemplar a questão norteadora: “qual a contribuição do enfermeiro na identificação dos impactos emocionais à mulheres que sofreram violência obstétrica?” A identificação das referências foi realizada pela base de dados LILACS e BDENF, por meio dos descritores “violência obstétrica”, “assistência” e “enfermagem”. Os critérios de inclusão foram: resumo completo na base de dados, idioma de língua portuguesa, estar disponível gratuitamente e na integra em formato eletrônico na base de dados, publicados de 2017 a 2021. Critérios de exclusão: artigos publicados em periódicos não editados no Brasil; artigos duplicados; tese ou dissertação, relato de experiência; artigo que embora sobre violência não tivesse o foco sobre violência obstétrica. RESULTADOS: Para avaliação dos estudos incluídos na revisão realizou-se análise cuidadosa dos artigos, foram obtidos 12 artigos resultantes, publicados entre 2017 à 2021. DISCUSSÃO: A revisão da literatura identificou estudos que abordam práticas de humanização, apoio emocional, treinamento com a equipe como contribuição do enfermeiro para a prevenção da violência obstétrica. Os enfermeiros devem-se inserir ainda, com a finalidade da promoção para prevenção da violência obstétrica, boas práticas à equipe de enfermagem, incluindo: explicar cada procedimento em um vocabulário acessível, descrever seu quadro clínico e as intervenções a serem tomadas; ouvir a paciente e proporcionar um trabalho de qualidade em equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A revisão da literatura aponta que são muitas as estratégias de contribuição do enfermeiro para a prevenção da violência obstétrica, que inicia durante o acolhimento no pré-natal, o enfermeiro deve realizar práticas de humanização, respeitando assim, a mulher integralmente, ouvindo seus medos, anseios e desejos, considerando seus pensamentos e opiniões particulares.