Introdução: Qualificar a atenção obstétrica visando a redução da mortalidade materna e infantil, conforme preconizado pela Ministério da Saúde Brasileiro, somente será possível mediante a transposição do modelo obstétrico hegemônico. Objetivo: Identificar quais informações e fontes que as gestantes e puérperas mais utilizam para buscar orientações, sobretudo, no contexto da pandemia Covid-19. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório-descritiva, realizada entre novembro de 2021 e abril de 2022 com 22 gestantes e puérperas integrantes do GESTAR. Os critérios de inclusão foram: ser integrante do GESTAR e ter mais de dezoito anos. Utilizou-se, para a coleta de dados, o questionário semi-estruturado online por meio da plataforma Google. Os dados foram analisados com base na técnica de análise de conteúdo preconizada por Minayo (2017). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o parecer: 5.183.232. Resultados: Da análise dos dados emergiram duas categorias temáticas: Empoderamento da família e Metodologias focadas nas necessidades das gestantes. Na categoria Empoderamento da família ficou evidente, na fala das participantes, a grande influência do contexto familiar e a relevância do pré-natal realizado com a participação de todos os integrantes da família, isto é, companheiro, avós, parentes e amigos próximos: “Minha mãe. Porque ela já passou por esse processo, então está me auxiliando em tudo”. (P7) “Enfermeiras da família e a minha mãe” (P15). Evidenciou-se, na categoria, Metodologias focadas nas necessidades das gestantes, a relevância dos profissionais de saúde estarem atentos às (re)adaptações de sua prática/ambiente profissional. Essa foi referenciada “À minha médica obstetra, à internet como páginas de enfermeiras e médicos obstetras, doulas do instagram e pessoas que seguem uma linha mais humanizada do parto”. (P10) “Recorri às enfermeiras que me acompanharam ao final da gestação e parto” (P13). Conclusão: Os resultados alcançados até aqui permitem concluir que as principais fontes de informação são as lives interativas e mediadas por processos dialógicos que possibilitam a reflexão e a tomada de decisão por partes das gestantes e puérperas, permeada pelos profissionais da saúde. Em especial, o profissional enfermeiro, contribuindo na autonomia das mulheres de acordo suas necessidades.