Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
A TELEMEDICINA E A CONTINUIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE AOS DIABÉTICOS DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19
Relatoria:
Tamires de Alcantara Medeiros
Autores:
- José Wilder de Sousa Caldas
- Kayque Gabriel Rodrigues Ferreira
- Yngrid Yvini Calou Diniz
- Petrucya Frazão Lira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
As orientações de distanciamento fornecidas pelos órgãos de saúde durante o período da pandemia do COVID-19 modificaram a rotina de toda a população, bem como dos diversos pacientes com doenças crônicas que necessitam de cuidados e monitorização contínuos, como é o caso dos portadores de Diabetes Mellitus (DM). Os pacientes com diabetes apresentaram dificuldades para manter o controle glicêmico durante o confinamento, o que aumenta significativamente os riscos de desenvolver complicações crônicas a curto e longo prazo. Desse modo, surge como um problema a dificuldade nos atendimentos de saúde, uma alternativa encontrada foi a prestação de serviços à distância por meio da tecnologia de telecomunicações. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo analisar a continuidade da assistência aos diabéticos acompanhados pela atenção primária à saúde por meio da telemedicina durante a pandemia do COVID-19. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de abordagem qualitativa. A pesquisa foi estruturada utilizando como descritores “Atenção básica à saúde”, “Diabetes Mellitus”, “Telemedicina” por meio da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando como base de dados: LILACS e a MEDLINE. Os critérios de inclusão envolveram artigos completos e disponíveis, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, entre os anos de 2019 a 2021. Foram excluídos estudos duplicados, inconclusivos ou inconsistentes metodologicamente. Após aplicação dos critérios estabelecidos foram encontrados 31 estudos dos quais 6 compuseram essa amostra. A telemedicina mostrou-se um meio eficaz no acompanhamento e monitoramento glicêmico de pacientes com DM, quando atuando de forma complementar, que pode melhorar o acesso aos pacientes que moram em áreas rurais ou geograficamente ruins. No entanto, nem todos os pacientes têm acesso à internet ou são familiarizados com tecnologias. Ademais, a percepção de que a qualidade do atendimento online é inferior ao atendimento presencial também se apresentou como uma barreira para a adesão ao atendimento online, fazendo com que muitas vezes os pacientes prefiram a consulta presencial, mesmo conhecendo todos os riscos associados a esta escolha. Assim, é notório que os cuidados oferecidos aos pacientes com DM nesse período precisam ser otimizados a fim de minimizar os riscos e agravos associados à hiperglicemia. Outrossim, é fundamental compreender e intervir nas barreiras do atendimento da telemedicina para sua implementação bem sucedida.