Introdução: Diante de um trabalho tão representativo desenvolvido pela Atenção Primária à Saúde (APS), mas ao mesmo tempo tão complexo no campo da saúde, se faz de extrema necessidade a atuação de um profissional que tenha as habilidades, os conhecimentos e as atitudes de conduzir o processo ao cenário local de maneira fluida e resolutiva no que tange aos aspectos gerenciais e de liderança das equipes. Nesse sentido, inclui-se o papel do gerente como personagem incorporado recentemente e considerado importante para que o cuidado ofertado seja de qualidade, efetivo e que afirme os princípios que norteiam o SUS Objetivo: Identificar fatores intervenientes na liderança da Atenção Básica exercida pelos gerentes apresentados na literatura científica brasileira. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica realizada com estudos publicados entre 2009 e 2019, nas bases de dados: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Scientific Electronic Library Online (SciELO) e a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) *. Resultados: Foram encontrados 443 trabalhos, dos quais foram selecionados 17 que se enquadravam dentro dos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Percebeu-se um predomínio do enfermeiro como profissional que desenvolve a gerência nesses estabelecimentos de saúde, embora apresente sobrecarga de trabalho por assumir também a assistência. Identificou-se um estilo de liderança que vai do autoritário ao democrático realizando ações gerenciais de cunho administrativo centrada no modelo taylorista-fordista sem a realização de planejamento, monitoramento e avaliação das práticas. Conclusão: As evidências mostraram que as competências que os gerentes necessitam ter estão atreladas aos desafios enfrentados no processo do gerenciar da AB, como: o gerenciamento de conflitos; a elaboração da agenda de trabalho; a escassa liderança compartilhada.