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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
USO DA TEORIA DO CONFORTO NA PRÁTICA CLINICA EM PACIENTES SOB CUIDADOS PALIATIVOS
Relatoria:
Sara Santana Barros
Autores:
  • Ana Luiza Bleasby Queiroz
  • Francisca Aldeniza Pereira Gadelha
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Teorias de enfermagem são utilizadas para subsídio na assistência, fornecendo uma prática pautada em conhecimento científico, crítico e reflexivo. O Processo de Enfermagem (PE) é definido como instrumento que permeia o cuidado do enfermeiro seguindo cinco etapas inter-relacionadas. Somado a isso, o PE deve ser executado concomitantemente com uma teoria que melhor adequa-se ao perfil de pacientes e cotidiano do enfermeiro. A teoria do conforto, criada pela Enfermeira Katharine Kolcaba, ressalta que os indivíduos possuem necessidades de confortos que competem ao enfermeiro identificá-las e intervi-las com a finalidade de aumentar a melhora do autocuidado, imunidade e bem-estar diante de uma doença que ameace a vida. Perante o exposto, a teoria de Kolcaba foi adaptada para a prática clínica com pacientes sob cuidados paliativos, pelos residentes de enfermagem, visando a melhora do conforto e dignidade humana no processo de adoecimento, finitude e luto. OBJETIVO: Relatar acerca do uso da teoria do conforto por enfermeiros nos cuidados paliativos. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, realizada por residentes de enfermagem em cardiopneumologia, em um hospital terciário no estado do Ceará, nos períodos de Maio a Julho de 2022. RESULTADOS: Kolcaba, definiu três tipos de confortos sendo alívio, tranquilidade e transcendência em quatro contextos diferentes: físico, psicoespiritual, ambiental e sociopolítico cultural. A teoria estabelece o enfermeiro como mediador principal para seguir as etapas de avaliação e identificação das necessidades de conforto do paciente, desenvolvimento de um plano de cuidados, implementar e executar medidas propostas na etapa anterior e reavaliar objetivando identificar falhas e êxitos na assistência prestada. Diante disso, ajustamos a estrutura taxonômica da teoria para a prática clínica, com a intenção de aumentar o conforto do paciente no qual encontra-se em cuidados paliativos. Ressalta-se o uso da musicoterapia para o alcance da transcendência, sendo considerado o nível de conforto mais complexo de intervir. CONCLUSÃO: Nota-se que ainda há desconhecimento em relação aos cuidados paliativos pelo enfermeiro, dificultando agir em prol do conforto em vez de medidas curativas e invasivas. Posto isso, o uso da teoria, decerto, agregou no cotidiano ao lidar com a pessoa enferma, trazendo mais dignidade e bem-estar para o paciente.