Introdução: a relação Mulher-Trabalho-Família quase sempre foi marcada por conflitos, pois essa inserção traz modificações nos papeis domésticos, passando, o que antes era atribuição exclusiva da mulher, para a divisão e compartilhamento com seu parceiro, modificando toda a configuração familiar. Objetivo: este estudo teve por objetivo compreender as dificuldades das enfermeiras da atenção básica no cuidado de seus filhos do município de Serra Talhada-PE. Método: trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo descritivo, realizada em abril de 2020 com 08 enfermeiras das Unidades de Saúde da Família. Utilizou-se entrevista semiestruturada, cujos dados foram submetidos à análise de conteúdo e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Integração do Sertão sob parecer de número 3.960.634. Resultados e Discussão: Por meio das entrevistas realizadas, emergiram três categorias temáticas: dificuldades existentes no contexto trabalho-família, fatores laborais que implicam na interação do cuidado e saúde dos filhos, sentimentos diante das adversidades encontradas nos domínios trabalho-família. Sendo assim, foi possível destacar fatores de mudanças no arranjo familiar devido/decorrente de um alto investimento na carreira que impele na necessidade de ajudas de outrem, evidenciando lacunas no processo interação mãe-filho resultantes do conflito trabalho-família. Considerações finais: evidencia-se que foi possível compreender as dificuldades vivenciadas pelas enfermeiras no cuidado de seus filhos na atenção básica acerca da compreensão da realidade profissional, agravado pelo conflito sobre os domínios trabalho-família, os quais refletem diretamente na vida social e laboral desses indivíduos/ do núcleo familiar. Espera-se que o estudo auxilie para reflexão nos processos de conciliação das atividades laborais com o espaço familiar.