Introdução: A vulnerabilidade é uma resposta social do mundo contemporâneo e a população LGBTQIA+ sofre constantemente com as consequências dessa problemática, seja ela a não aceitação de sua própria sexualidade, a rejeição ou até mesmo o preconceito e a violência. Isso implica dizer que as formas de discriminação sofridas por esse grupo determinam a sua saúde e bem-estar, elas atuam no processo saúde-doença. Diante disso, com o intuito de combater tais problemas no âmbito da saúde, foi implementada a Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT no SUS, a fim de garantir a universalidade, integralidade e equidade na assistência a esses indivíduos. Entretanto, para que essa política seja realizada de forma efetiva, é indispensável que os profissionais da saúde e estudantes da graduação tenham treinamento específico para prestar auxílio a eles. Objetivo: Refletir sobre a atuação do enfermeiro no cuidado à saúde mental desse público por meio de uma oficina realizada por acadêmicos do curso de enfermagem durante o período em que a disciplina de Psicologia e Relações Interpessoais foi ministrada no ano letivo 2021.2. Metodologia: Trata-se de um trabalho descritivo, relato de experiência, referente a uma oficina organizada por alunos de enfermagem do Centro Universitário Christus (Unichristus). O trabalho foi dividido em três momentos: exposição do tema sobre a saúde mental das pessoas LGBTQIA+ e a atuação do enfermeiro, discussões e uma atividade lúdica de desenho, sendo esta última uma proposta a qual tratava-se da criação de um personagem, super-herói, que representasse essa população. Resultados: A realização da oficina demonstrou relevância ao tratar de problemáticas que afetam a saúde mental dessas pessoas. Evidencia-se a necessidade do conhecimento por parte dos acadêmicos para acolhê-las de forma humanizada e numa dimensão integral. Além de ter sido um momento de debate e reflexão, também houve a interação de todos os alunos de uma forma cooperativa, o que gerou o compartilhamento de ideias, assim como vivências pessoais de alunos que reconheciam fazer parte desse público. Conclusão: Infere-se, portanto, a significância da disciplina de Psicologia e Relações Interpessoais na formação dos futuros enfermeiros, assim como nota-se a necessidade de um melhor preparo e conhecimento para que esses profissionais consigam acolher o indivíduo com o fito de suprir a demanda da população, assegurando atendimento humanizado e integral.