Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
TEATRO PRODUZIDO DURANTE A DISCIPLINA DE LIBRAS SOBRE LITERATURA SURDA: EXPERIÊNCIA DE MONITORAS DE ENFERMAGEM
Relatoria:
Carolina Barreira de Queiroz
Autores:
- Karin Gomes Sandras
- Raquel Trindade Pioner
- Maria Maisa Farias Jordão
- Rebeca Farias Jordão
- Deborah Pedrosa Moreira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: As comunidades surdas usam a língua de sinais a partir da sua experiência visual, percebem as formas, imagens, coloridos, características de pessoas, animais, ações, através de suas memórias visuais. A experiência visual significa a utilização da visão como meio de comunicação. Desta experiência surge a cultura surda representada pela língua de sinais, pelo modo diferente de ser, de se expressar, de conhecer o mundo, e de entrar nas artes, conhecimento científico e acadêmico. OBJETIVO: Descrever a experiência vivenciada por monitoras da disciplina de Libras sobre o teatro produzido sobre a literatura surda. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência realizada em uma Instituição de Ensino Superior durante a disciplina optativa de Libras ofertada para todos os cursos da saúde. Estiverem presentes alunos dos cursos de Enfermagem, Psicologia, Odontologia, Nutrição, Biomedicina e Fisioterapia. A coleta de dados ocorreu no mês de maio de 2022 através de uma encenação de contos literários traduzidos para o povo surdo. RESULTADOS: A turma foi dividida em 4 grupos com os literários: Cinderela Surda, Bela e a Fera, Os Três Porquinhos Surdos e Chapeuzinho Vermelho. Ao longo de aproximadamente 1 mês cada grupo com o seu respectivo conto literário desenvolveu estratégias para a apresentação quanto a separação dos personagens, falas em Libras, cenário, caracterização e apresentação para os jurados. A metodologia utilizada teve sua sustentação em contos elaborados pelos ouvintes, na qual existem diversos materiais disponíveis, como livros e filmes. Para realizar a tradução, foi necessário análises e adaptação de acordo com os elementos culturais da comunidade surda. Para julgar a apresentação dos alunos, foi elaborada uma banca de avaliação, composta por seis pessoas surdas, na qual avaliaram o domínio dos sinais, a coerência, o esforço dos alunos, os aspectos visuais por completo. CONCLUSÃO: Os alunos conseguiram explorar a produção do ambiente em função de que comunidade surda usam a língua de sinais a partir da sua experiência visual, percebem as formas, imagens, coloridos, a experiência visual é o que constitui os surdos enquanto indivíduos. Para as monitoras essa foi uma experiência gratificante e enriquecedora devido a participação poder de toda a produção, orientação dos alunos e prestígio nas suas apresentações.