Estima-se que 10% dos partos são de prematuros no mundo. Muitos desses recém-nascidos (RN) prematuros necessitam de suporte ventilatório. Dentre as modalidades de oxigenoterapia, destaca-se o CPAP (Pressão Positiva em Vias Aéreas) que consiste na administração contínua e sob pressão de oxigênio e ar comprimido com o auxílio de dispositivos nasais, que tem como função, aumentar a capacidade funcional residual pulmonar e a reduzir a resistência vascular pulmonar, permitindo a manutenção da pressão positiva durante o ciclo expiratório e, dessa maneira, a expansão dos alvéolos melhorando a respiração. OBJETIVO: Descrever a experiência como enfermeira assistencial nos cuidados prestados a pacientes em uso de CPAP na Unidade de terapia Intensiva Neonatal (UTIN) MÉTODOS: Trata-se a de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, baseado na vivência como enfermeira intensivista neonatal de uma UTIN de uma maternidade referência de alto risco. RESULTADOS: A efetividade do cuidado inicia-se através da comunicação entre equipes para o preparo do leito, a montagem do kit CPAP e escolha de pronga conforme peso. Ajustes são sempre necessários para evitar escape de pressão ou lesão de pele. Por esse motivo é necessário habilidade técnica, conhecimento científico e trabalho em equipe. A participação da família no plano de cuidados é instituída o quanto antes havendo flexibilização de normas e rotinas para atender a particularidade das demandas. Dentre os desafios enfrentados podemos citar a falta de recursos humanos e materiais e inexperiência ou conhecimento técnico de alguns profissionais da equipe. CONCLUSÃO: O enfermeiro desempenha papel fundamental no suporte ao RN com CPAP e o compartilhamento dessa experiência oferece possibilidade de melhorias. Além disso, para enfrentamento dos desafios, é fundamental conhece-los para traçar estratégias afim de proporcionar uma assistência segura e de qualidade.