Introdução: O advento da COVID-19 impactou de forma direta o processo de ensino-aprendizagem e trouxe uma série de prejuízos para os estudantes do ensino básico ao superior. A pandemia evidenciou mudanças de hábitos de estudo resultantes do ensino à distância e híbrido, além de levantar questões sobre o impacto mental e social da retomada das atividades presenciais. Objetivo: Identificar a conduta pedagógica das instituições de educação no retorno às aulas, avaliando o comportamento dos alunos e dos profissionais frente às novas abordagens de ensino e de normas sanitárias. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (RIL) de publicações cientificas referente ao retorno das aulas presenciais em meio a pandemia do COVID-19. A coleta de dados ocorreu nas bases de dados, SCIELO, LILACS, BVS, PUBMED, compreendidos no período de 2020 – 2022, na língua inglês e português. Resultados: O retorno das aulas em meio a pandemia, o medo da contaminação e o distanciamento social foram fatores que afetaram a formação educacional e mental dos discentes. Nesse viés, medidas preventivas foram adotadas na busca de atenuar a disseminação do vírus. Dentre elas, adesão ao ensino híbrido, divisão de turmas, uso obrigatório de máscaras e álcool em gel. Todas as alternativas elencadas objetivaram a não exposição dos estudantes às condições adversas provocadas pela patologia, na tentativa de assegurar o ambiente adequado com inovações de ensino em meio a pandemia. A sala de aula invertida e o uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) são ferramentas pedagógicas que permaneceram após o regresso das aulas, proporcionando maior autonomia nos estudos, bem como conhecimento e dinamismo no aprendizado. Em contrapartida, a difícil readequação dos alunos à rotina de estudo presencial somado à procrastinação são sequelas observadas no desempenho de alguns alunos. Conclusão: A maior parcela das instituições apresentou dificuldade na interação estudante-professor, evidenciando malefícios na rotina estudantil, haja vista a insegurança dos alunos em estabelecer um diálogo em sala de aula. Tal circunstância foi intensificada pelo comprometimento da saúde mental devido ao isolamento social decorrente da pandemia. Ademais, nota-se maior atenção à organização da infraestrutura do que à didática e ao suporte psicopedagógico dos alunos.