Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
A EXPERIÊNCIA DO PRIMEIRO CONTATO COM PACIENTES DURANTE O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Relatoria:
Sarah Rhebeca Oliveira Cardoso
Autores:
- Cristal Ribeiro Mesquita
- Gerciane Silva da Silva
- Letícia Griffith Nunes Do Nascimento
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O exercício do profissional de enfermagem envolve intervenções de caráter pluridisciplinar, cuja dinâmica de trabalho requer, frequentemente, a habilidade em lidar com situações e embates presentes em seus relacionamentos com a equipe, os familiares e, sobretudo, com os pacientes. Nesse sentido, a efetivação de aulas práticas na área da saúde é obrigatória e essencial à formação do discente, uma vez que, por meio delas, este adquire competência socioemocional, destreza nas ações de enfermagem, além de possibilitar a oportunidade de expandir seus conhecimentos obtidos, associando a teoria à realidade assistencial. Objetivo: Identificar as evidências científicas sobre as experiências, sentimentos e dificuldades dos estudantes no primeiro contato com os pacientes durante as práticas hospitalares. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (RIL) de publicações cientificas referente ao primeiro contato de acadêmicos de enfermagem com os pacientes. A coleta de dados ocorreu nas bases de dados, SCIELO, LILACS, BVS, PUBMED, compreendidos no período de 2020 – 2022, na língua inglês e português. Resultados: Os estudantes expressam emoções de entusiasmo, felicidade, tensão e curiosidade ao se tratar de contato com paciente em campos de prática. Em seguida, evidenciam medo relativo a cometer um erro e assumir o papel de cuidador. Ademais, reconhecem seus pontos negativos alusivos à imaturidade, falta de conhecimento teórico ou incapacidade de vinculá-los à realidade hospitalar, logo, demonstram ausência no domínio das habilidades de enfermagem. Esses fatores desencadeiam sentimentos de aflição, medo e insegurança na aplicação do que foi assimilado em sala, principalmente pela responsabilidade com o paciente. Todavia, as experiências são consideradas exitosas, no sentido de levar os discentes à autoanálise sobre “o que não fazer” e toda a complexidade que envolve as ações em saúde. Conclusão: Os discentes se sentem desprotegidos, inseguros e pouco acolhidos neste momento inicial e decisivo do processo de formação. As emoções dos alunos na interação com o primeiro paciente afetam o aprendizado acadêmico. Assim, ainda há necessidade de pesquisas sobre como projetar formas de simulação em práticas clínicas. Por fim, faz-se indispensável para os educadores compreenderem como os estudantes de enfermagem são afligidos emocional e psicologicamente.