Introdução: Nas últimas décadas, a saúde mental representa cada vez mais um desafio social contemporâneo. Aliada a Estratégia de Saúde da Família(ESF), a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) oferece aos seus participantes um espaço de escuta, fala e partilha das inquietações que provocam sofrimento. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar os problemas mais comuns evidenciados num grupo de Terapia Comunitária Integrativa, manifestados por seus participantes. Metodologia: As rodas de TCI, acontecem semanalmente na comunidade da Lagoa Redonda, na associação comunitária, localizada ao lado da Unidade de Saúde Galba de Araújo, em Fortaleza, CE. Os encontros são às segundas-feiras, no período da manhã, com duração média de duas horas, reunindo um total de cerca de 10 a 15 pessoas, com idade entre 30 a 70 anos em média. Para conduzir as rodas de TCI, o terapeuta comunitário segue cinco fases: o acolhimento, a escolha do tema, a contextualização, a problematização e o encerramento. Quando o terapeuta entende que a problematização atingiu seu objetivo, realiza o encerramento, que se dá com rituais de agregação e conotação positiva com os participantes, de mãos dadas, em uma relação de apoio e de solidariedade. Resultados: Os problemas mais comuns que surgiram durante as sessões foram: ansiedade, angústia, depressão, violência em suas várias formas e conflitos familiares. O modelo de sociedade atual produz situações de sofrimento e adoecimento, evidenciadas através do estresse, ansiedade e comprometimentos físicos e mentais. Este cenário é ainda mais agravado nas camadas mais pobres, em razão de determinantes e condicionantes sociais com as altas taxas de violência, condições de vida abaixo da linha da pobreza, fome e desemprego. A TCI contribui na superação dos sofrimentos e dificuldades dos indivíduos e de seus familiares ao incentivar o amor, a tolerância, o respeito mútuo e a convivência com as diferenças, estimulando a não violência e promovendo a cultura de paz, tornando essa tecnologia bastante relevante. Conclusão: Diante do exposto, podemos consolidar a TCI como uma estratégia terapêutica eficaz no tratamento de pessoas com adoecimentos mentais. O conhecimento dos dados resgatados pela TCI possibilita um direcionamento das ações e intervenções realizadas pelas equipes de saúde que acompanham esses participantes com abordagens a nível individual e familiar, almejando com isso, uma melhor qualidade de vida de todos os envolvidos.