Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
COVID-19 E AUTONOMIA DA ENFERMAGEM NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO SERTÃO DA PARAÍBA
Relatoria:
JONATHAN CORDEIRO DE MORAIS
Autores:
- IVALDO FERREIRA DA SILVA
- AMANDA SOFIA LIMA DA SILVA
- AMANDA BARBOSA DA SILVA
- JOSÉ GOMES DA SILVA JUNIOR
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Nos últimos anos vivenciamos as repercussões que a COVID-19 trouxe para todo planeta, frequentemente a Enfermagem foi alvo de discussões e debates político/assistenciais, desde menções de aplausos, até a luta pela garantia de qualidade de vida através do piso salarial e jornada de trabalho. Na saúde mental o impacto da pandemia confrontou uma luta histórica por liberdade, socialização e reconhecimento cidadão, neste contexto o cuidado de Enfermagem foi abalado, necessitando reinventar-se para continuar existindo. OBJETIVOS: Relatar a experiência da autonomia da Enfermagem diante do cuidado em um serviço de saúde mental no sertão da Paraíba durante os dois primeiros anos da pandemia da COVID-19. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência, construído a partir da ótica do trabalho da Enfermagem em um serviço de saúde mental inserido em uma cidade de pequeno porte no sertão da Paraíba durante os dois primeiros anos do período de pandemia. RESULTADOS: Durante a pandemia houveram infinitas restrições sociais principalmente acerca do contato físico que proporcionou aos serviços de saúde mental uma desconfiguração de atuação, pois, a liberdade que foi garantida como forma abrangente e comunitária para o cuidado do usuário, sofreu modificações, dando lugar ao isolamento social como modelo vigente de sobrevivência . Com base no Processo de Enfermagem, para garantir a continuidade do cuidado e a manutenção dos vínculos terapêuticos foram adotadas estratégias diferenciadas ao que rotineiramente aconteciam, como: intensificação de visitas domiciliares com periodicidade de frequência; oferta de terapias e práticas integrativas e complementares para diminuir a necessidade de intervenção medicamentosa; condução de grupos terapêuticos/operacionais do cuidado com número reduzido de participantes; e fortalecimento da autonomia do usuário em conduzir uma rotina participativa, organizada e funcional sob orientação da Enfermagem através da educação em saúde. CONCLUSÃO: Percebe-se que historicamente a Enfermagem pode ser considerada como ponto chave de discussões político/assistenciais de modo geral, sendo fundamental para aproximação do serviço com o contexto de vivência do usuário e da comunidade para que o cuidado fosse continuado de forma exitosa. Espera-se portanto que, através deste relato, novas discussões políticas aconteçam acerca da atuação da Enfermagem na saúde mental.