Introdução: A sífilis gestacional (SG) se tornou, ao longo do tempo, um importante problema de saúde pública por ser uma doença infectocontagiosa de caráter sistêmico e que reflete índices preocupantes de morbimortalidade materna e perinatal. A sífilis possui evolução lenta e crônica, e é transmitida predominantemente por contato sexual ou por meio da transmissão vertical. Se a SG não for tratada precocemente e de maneira adequada, pode acarretar graves consequências para o feto, dentre elas o aborto, parto prematuro, manifestações congênitas precoces ou tardias e/ou morte do recém-nascido. Tendo em vista os aspectos éticos envolvidos desde a sua abordagem ao tratamento, o enfermeiro é um dos profissionais protagonistas frente à promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e conscientização na adesão ao tratamento da sífilis e deve se preocupar em, cada vez mais, melhorar sua assistência. Objetivo: analisar os aspectos éticos no cuidado de enfermagem à gestante com sífilis. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória com levantamento bibliográfico realizado no período de 03 a 04 de agosto de 2022 utilizando as bases eletrônicas: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library On-line (SciELO). A amostra foi composta por 05 publicações utilizando critérios de inclusão e exclusão. Resultados: O diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento da sífilis é o diferencial para que as gestantes tenham uma gestação e parto mais seguros, mas esse resultado só poderá ser alcançado quando medidas de prevenção e controles forem satisfatoriamente aplicadas. Nesse aspecto, além de prestar uma assistência de qualidade tendo em vistas ao rastreamento pelo VDRL, tratamento precoce e adequado é necessário que tanto os profissionais da saúde como os gestores estejam comprometidos em respeitar os aspectos éticos envolvidos às gestantes diagnosticadas com sífilis, como acolhimento livre de julgamentos, captação de parceiros para o tratamento, confidencialidade da identidade e informações, principalmente no que tange às relações sexuais. Conclusão: Considerando as consequências associadas à sífilis, ressalta-se a importância da atuação ética e da educação permanente dos profissionais de saúde como medidas a garantir uma assistência holística e humanizada frente a gestante com esse diagnóstico.