Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL SOCIOECONÔMICO, SEXUAL E CONDIÇÃO DE SAÚDE DE JOVENS QUE VIVEM COM HIV
Relatoria:
MARCELLY CRISTINA DOS SANTOS PEREIRA
Autores:
- Lilian Berilo dos Santos Pamplona
- Hellen Feminella dos Santos
- João Henrique de Morais Ribeiro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Jovens podem ser considerados vulneráveis à infecção pelo HIV dada a adoção de comportamento sexual de risco e sentimento de invulnerabilidade. O Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2021 demonstrou aumento de 52,9% de infecção pelo HIV na faixa etária de 20 a 34 anos. Objetivo: conhecer o perfil socioeconômico, sexual e condição de saúde de jovens que vivem com HIV. Método: estudo prospectivo e exploratório realizado com jovens que vivem com HIV participantes de um grupo nacional de apoio em uma rede social. Foi realizado contato com o mediador deste grupo e, após autorização para acesso, enviado convite com link do formulário contendo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido bem como questionário com 21 questões referentes às características socioeconômicas, práticas sexuais e condição de saúde. Os dados foram compilados em planilha do Excel® e analisados por meio da estatística descritiva. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Santo Amaro sob o número 59344222.5.0000.0081. Resultados: até o momento foram obtidas 30 respostas e destas a idade média de 23,5 (dp:5,77). A maioria se declarou heterossexual (36,6%), brancos (46,6%) e negros (33,4%), solteiros (80%), com ensino médio completo (53,3%), praticantes de religiões de matriz africana (33,4%) e católicos (23,4%), desempregados (33,4%) ou com situação informal no mercado de trabalho (30%). Em relação à sexualidade, 93,4% eram sexualmente ativos e utilizavam métodos de prevenção sendo os mais prevalentes o preservativo masculino (36,6%) e a Profilaxia Pré Exposição (33,4%). A autopercepção de saúde foi considerada boa para 63,4% dos jovens, sendo estes usuários do Sistema Único de Saúde (100%). Os participantes declararam ainda que não praticavam atividade física (60%), faziam uso de cigarros (53,4%), bebidas alcoólicas (63,4%) e 70% informaram não fazer uso de drogas ilícitas. As atividades sociais faziam parte da rotina de 86,7% desses jovens sendo a reunião familiar, grupo de amigos, religiosos e a participação em festas e shows as mais frequentes atividades que estariam envolvidos. Conclusão: O perfil destes jovens se assemelha ao encontrado na literatura e seus hábitos nocivos à saúde nos despertaram para necessidade de práticas educativas mais eficazes que incentivem a mudança no estilo de vida. A maior adesão desses jovens às medidas protetivas nas relações sexuais reforça sua preocupação com o autocuidado e superação do sentimento de invulnerabilidade.