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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS NA GESTAÇÃO EM SERGIPE ENTRE OS ANOS DE 2008-2018
Relatoria:
Dr. MARCOS FERREIRA RIBEIRO JUNIOR
Autores:
  • Danilo Barbosa Morais
  • Layana Soares da Costa
  • Natanael Feitoza Santos
  • Pablo Lôbo Rivas
  • Vinicius Reis Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: A gestação é um fenômeno fisiológico que transcorre sem intercorrências na maioria dos casos. A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, possui maior frequência em mulheres com idade fértil. Quando a gestante contrai a infecção, é classificada como gestação de alto risco, devido ao risco de ocorrer à transmissão vertical causando a sífilis congênita, além de outros agravos aos neonatos. Pode ser controlada por meio de ações e medidas eficazes de saúde pública, em virtude de apresentar testes diagnósticos sensíveis, tratamento efetivo e de baixo custo. Objetivo: descrever a epidemiologia o número de casos notificados de sífilis na gestação do estado de Sergipe entre os anos de 2008 a 2018. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, a partir dados obtidos através de consulta no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAM) no período de fevereiro de 2019 a março de 2019. A coleta foi realizada com base nos dados presentes entre os anos de 2008 a 2018. As variáveis observadas foram: Número de casos notificados segundo município de notificação, Faixa etária, Raça e a classificação clínica. O presente estudo seguiu as normas dispostas na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa. Resultados: No período de 2008 a 2018, foram identificados 3.479 casos de sífilis em gestantes no estado de Sergipe. O ano de 2018 apresentou o maior número de casos notificados de sífilis em gestante (n=625; 18%) e o menor número de casos notificados foi no ano de 2009 (n=72; 2%). A maioria das 3.479 gestantes com sífilis (76%) encontravam-se na faixa etária de 20-39 anos. Mais de dois terços dessas gestantes (70,07%) eram de cor da pele parda e a classificação clínica de maior prevalência foi a sífilis latente com 68,67% dos casos. Observou-se aumento na prevalência de gestantes com sífilis em Sergipe. Esse aumento também tem sido relatado em outras cidades do Brasil. As mulheres com sífilis são, principalmente, jovens e pardas. Conclusão: Os achados apresentados pelo presente estudo evidenciam que a sífilis na gestação ainda se encontra fora de controle em Sergipe, visto ao crescente número de casos notificados no estado. A atuação da Atenção Básica é essencial no combate e no diagnóstico precoce da sífilis na gestação, evitando assim à transmissão materno-fetal.