A automedicação já vem fazendo parte da vida dos brasileiros, tendo em vista que uma grande quantidade da população faz uso de medicamentos sem nenhuma prescrição médica, podendo ocasionar risco de intoxicação, de mascarar os sintomas de alguma doença com maior gravidade ou até mesmo comprometer algum órgão. Com a pandemia da COVID-19, houve um grande aumento do consumo de medicamentos pela população, muitas vezes influenciada pela mídia, com a promessa de cura ou prevenção do vírus. O isolamento social fez com que muitas pessoas optassem por manter em casa esses medicamentos, com o intuito de prevenir ou se tratar do vírus, comprometendo a segurança da saúde. Diante disso, objetivou-se analisar a produção científica quanto ao uso de medicamentos no período da pandemia de Covid-19. Esse estudo trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL). A seleção dos estudos se deu no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), durante o mês de julho de 2022. Para busca dos estudos utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Covid-19” e “Automedicação”, e no momento da busca, entre os descritores foi usado o operador booleano “AND”. Foram incluídos nesta pesquisa artigos completos, no período de 2020 a 2022, na língua portuguesa. Foram excluídos artigos de revisão, repetidos e, os que se encontravam fora da temática em estudo. Na primeira busca, pode-se obter um total de 7 artigos, posteriormente leitura, a amostra final foi de 3 artigos. O uso indiscriminado de medicações pode abordar motivações como o medo de contrair o vírus e consequências graves que ele poderia ocasionar, a contaminação de pessoas próximas e ansiedade social pelo distanciamento. Neste cenário, também foi perceptível a procura de unidades de saúde por usuários que apresentavam efeitos indesejáveis das medicações de uso não prescritas, dentre eles, a diarréia, vômitos frequentes, febre, entre outros. Essa situação foi possível pelo comércio irregular dos fármacos, que no período de surto, houve um aumento na fabricação e na venda indiscriminada, sem a presença de receituário médico, e até mesmo de comerciantes ambulantes. Foi necessário desenvolver mais estudos, e agilidade para comprovação de qualidade no tratamento certo. Pode-se concluir que houve um aumento na busca e consumo de medicamentos por parte da população sem as devidas orientações e a ausência de um controle rigoroso para aquisição dos mesmos.