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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
AS PRINCIPAIS COMORBIDADES EM PESSOAS VIVENDO COM HIV
Relatoria:
JOSÉ ANTONIO DA SILVA JÚNIOR
Autores:
  • Grinauria de Sousa Maia Porto
  • Ellany Gurgel Cosme do Nascimento
  • Micássio Fernandes de Andrade
  • Maiara Bezerra Dantas
  • Cléber de Mesquita Andrade
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As pessoas que vivem com HIV são mais susceptíveis ao desenvolvimento de algumas comorbidades, isso se dá devido a infecção pelo HIV e ao uso da terapia antirretroviral. Reconhecer estas condições podem favorecer a abordagem integralizada a este público, com rapidez na identificação, tratamento e aumento da expectativa de vida. Objetivo: Identificar as principais comorbidades desenvolvidas por pessoas que vivem com HIV. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, epidemiológico descritivo, com abordagem quantitativa. Participaram deste estudo uma população de 993 pessoas, que foram recrutadas em um serviço de atendimento especializado para pessoas que vivem com HIV em um hospital de uma cidade no interior do Rio Grande do Norte. Foram incluídas todas as pessoas que vivem com HIV atendidas no referido serviço, sendo excluídas aquelas menores de 18 anos. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados com dados sociodemográficos e clínico-epidemiológicos, sendo realizada uma análise descritiva simples de parte dos dados da pesquisa. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, sob o nº 2.781.820. Resultados: A maioria da população foi do sexo masculino (60,9%), com média de idade de 40 anos, variando entre 18 e 85 anos de idade. Da amostra coletada, um total de 457 participantes referiram pelo menos um tipo de comorbidade. Os principais grupos de comorbidades referidos pelos participantes da pesquisa foram, respectivamente, cardiológicas (37,6%), infecciosa (18,8%), endócrina (13,3%) e psiquiátrica (12,0%). No grupo de doenças cardivasculares a principal comorbidade foi a hipertensão (34,6%), o Acidente Vascular Encefálico (3,7%) e a cardiopatia (2,2%). Dentre as doenças infecciosas, as principais foram a neurotoxoplasmose (7,4%), hepatite (3,5%) e sífilis (3,1%). Já entre as doenças endócrinas a principal foi a diabetes (12,7%) e entre as doenças psiquiátricas, a depressão (9,2%) teve destaque. Conclusão: Identificou-se a predominância de pessoas com doenças cardiovasculares, em comparação às demais categorias. Torna-se necessário uma abordagem multiprofissional às pessoas que vivem com HIV, sendo importante também o estímulo precoce e adesão ao tratamento para prevenção de algumas complicações.