INTRODUÇÃO: A vivência gestacional é um período peculiar na vida de uma mulher permeado por muitos significados, valores e transformações biopsicossociais. Com o início da pandemia do COVID-19, a rotina nos atendimentos precisou ser reestruturada para atender grande número de usuários com sintomas gripais, sendo decretada a suspensão de algumas ações da Estratégia de Saúde da Família (ESF), a fim de evitar aglomeração e incentivar o isolamento social. Uma das formas de manter o vínculo entre os profissionais e as gestantes foi a adaptação do grupo do modo presencial para o modo virtual. OBJETIVO: Relatar a importância do grupo de gestante virtual no período de isolamento social do COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência da equipe multiprofissional, sobre a vivência no grupo de gestante virtual que ocorreu nos períodos de isolamento social nos anos de 2020 e 2021, através da plataforma Whatsapp onde foi possível interagir e dialogar semanalmente sobre as dúvidas geradas no grupo, esclarecendo as fake news compartilhadas e abordar temas a partir das necessidades expressadas pelas gestantes, proporcionando um espaço de interação seguro e tranquilo. A orientação pedagógica utilizada foi do Grupo Operativo (GO), elaborado por Pichon-Rivière. RESULTADOS: Participaram do grupo virtual, a equipe multiprofissional da ESF composta por enfermeira que coordenava o grupo, pelo médico, odontóloga, agentes comunitários de saúde, nutricionista, educadora física, psicóloga, assistente social, terapeuta ocupacional, pela gestora da unidade de saúde e, em média, por 15 gestantes, que eram convidadas nas consultas de pré-natal a aderirem ao grupo. No grupo eram propostas atividades educativas e também de relaxamento, que mostraram-se de suma importância e possibilitaram a promoção e a educação em saúde através da ferramenta virtual, fortalecendo o vínculo e o acompanhamento de pré-natal. CONCLUSÃO: Em tempo de pandemia do COVID 19, as ações de promoção da saúde não devem parar, usar estratégias como o grupo virtual tornou-se necessário como estratégia de manter o vínculo, a segurança e o acompanhamento, além de promover a autonomia e responsabilidade na gestante sobre o cuidado com a saúde individual e coletiva em tempos de isolamento social.