Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exige do enfermeiro conhecimentos teóricos capazes de alicerçar práticas mais qualificadas. Conhecer o correto uso e manejo das drogas vasoativas (DVA) é imprescindível no contexto do paciente crítico cardiológico, sobretudo, aos submetidos à cirurgia cardíaca, pelos critérios e habilidades no controle hemodinâmico. O uso de ferramentas tecnológicas otimizadoras de práticas complexas é indispensável, reduzindo eventos adversos e garantindo a segurança do cuidado. Objetivo: Relatar a experiência de residentes de enfermagem em cardiologia na elaboração e implementação de uma calculadora virtual de DVA em UTI cardiológica. Metodologia: Relato de experiência da prática de residentes de enfermagem em UTI cardiológica de hospital público em Salvador-Ba, na elaboração de uma calculadora virtual de DVA, na plataforma Excel - 2016, software da Microsoft®, entre março/2022 e maio/2022. Os principais fármacos foram classificados e redistribuídos, conforme disponibilidade do serviço, e separados em linhas/barras com as respectivas diluições compatíveis (padrão) com o protocolo institucional. O resultado em microgramagem foi categorizado por cor, sugerindo o mecanismo de ação e/ou receptores agonistas, porque alguns fármacos apresentam dose/efeito dependentes. Ultrapassando a microgramagem por peso/kg, uma mensagem de alerta aparecia, com sugestão da dosagem permitida. Resultado: A adoção de medidas de segurança em UTI cardiológica possibilita a minimização de danos a pacientes críticos, porquanto falhas na administração de DVA podem repercutir hemodinamicamente, aumentando o tempo de internação, os custos hospitalares, a carga de trabalho, principalmente, de enfermagem. A adoção da calculadora virtual de DVA assegurou o cálculo preciso com indicação de mecanismo de ação, a qualidade da assistência e a segurança nas tomadas de decisões da equipe, impactando, positivamente, no tratamento dos pacientes. Fez-se a apresentação da calculadora virtual, colocando-a na rede, para o treinamento dos profissionais, com vistas ao incremento da tecnologia na prática do serviço. Conclusão: A tecnologia em saúde implementada auxiliou as práticas assistenciais, quanto a segurança e o tempo das ações. A contribuição dos residentes de enfermagem nessa implementação ampliou a formação profissional, promoveu o compartilhamento de conhecimentos e contribuiu para um cuidado seguro e eficaz a pacientes críticos.