A classificação de risco familiar é importante no planejamento, na organização e no desenvolvimento de ações da Estratégia Saúde da Família (ESF), indicando a demanda de assistência prioritária familiar. Objetivo: Mapear as evidências científicas sobre a estratificação de risco familiar na prática da Estratégia Saúde da Família. Métodos: Estudo de natureza da Prática Baseada em Evidências, por meio de Scoping Review, que utilizou a metodologia do Instituto Joanna Briggs: a definição do objetivo e da questão da pesquisa; critérios de inclusão, conforme o mnemônico PCC (P: Famílias cadastradas na Estratégia Saúde da Família; C: Classificação de Risco Familiar e C: Estratégia Saúde da Família); apresentação da operacionalização da pesquisa, por meio de descritores nas bases de dados: BVS, Scielo, PubMed, Web of Science, Scopus, Embase, CINAHL, Google Scholar e BDTD; estratégia de busca; seleção das fontes de evidência; extração de dados; análise das evidências; apresentação dos resultados e resumo das evidências, para a redação do estudo, utilizou o Prisma-ScR. Resultados: Incluíram-se 46 estudos, a quais foram submetidos ao processo de triagem. A maior produção anual de 2013 com sete estudos. O Estado de São Paulo foi a origem geográfica que mais identificou estudos. A maioria dos documentos estava filiados a uma instituição de ensino superior. O profissional mais relacionado na lista de autoria é o enfermeiro, representando 46,3% do total, sendo também a enfermagem mais frequente na área de publicação dos artigos. Identificado 13 instrumentos de classificação de risco familiar, a mais utilizada foi a Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi. O conceito de risco familiar evidenciado está relacionado aos fatores clínicos e socioeconômicos dos membros familiares e a observância das sentinelas de risco pode direcionar para a classificação do risco da família, a fim de conduzir no processo de trabalho dos profissionais da Estratégia Saúde da Família. Existem lacunas para serem resolvidas, como aprimoramento da ficha de identificação dos fatores de riscos que permita a elaboração de um instrumento que atenda a realidade atual de risco e de vulnerabilidade familiar. Conclusão: o estudo permitiu transmitir a amplitude e profundidade da classificação de risco familiar, que evoluiu o conceito de risco que é muito relacionado a questão biológica para a vulnerabilidade, ligada aos determinantes e condicionantes de saúde.