Introdução: A história da enfermagem psiquiátrica no Brasil iniciou-se no século XIX, com a fundação da escola de enfermagem no Hospício Dom Pedro II, e seu modelo psiquiátrico perdurou até o final do século XX, tendo como uma das suas características principais, o isolamento do doente mental da sociedade. Inicialmente, o cuidado de enfermagem na psiquiatria não era qualificado, sendo realizado por religiosos, atendentes ou auxiliares de enfermagem, tendo como foco somente a doença. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo discorrer e refletir sobre a evolução dos cuidados de enfermagem voltada ao paciente com transtornos mentais e suas mudanças antes e depois da reforma psiquiátrica. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os descritores “Psiquiatria”, “Enfermagem”, “Saúde Mental”, vinculados pelo operador booleano AND. Foram utilizados como critérios de inclusão os artigos que abordavam a temática do presente estudo, publicados nos últimos cinco anos e disponíveis na íntegra. E de exclusão, artigos duplicados. Resultados: A prática dos profissionais de enfermagem pode ser percebida desde a atenção básica até hospitais gerais, incluindo os dispositivos próprios de saúde mental, enfatizando sempre o cuidado humano, contínuo e eficaz. A Reforma Psiquiátrica é considerada um eixo norteador para um cuidado mais integral, o que trouxe grandes melhorias na atuação da enfermagem nessa área, tirando o foco total na doença e pensando na pessoa com transtornos mentais como um ser humano, tornando-se um cuidado mais digno, e assim, consequentemente, evoluindo a relação entre profissional e paciente. Conclusão: Porém, apesar de toda evolução já ocorrida, ainda há muitos desafios e avanços inerentes à profissão nesse contexto, sendo necessária uma luta diária para um maior reconhecimento e uma melhor promoção de saúde biopsicossocial.