Introdução: O sistema de transplante adotado no Brasil tem como característica a fila única de transplante que garante uma doação de órgãos justa e de forma gratuita. O Brasil é o segundo país que realiza mais transplante de órgãos e tecidos, ficando apenas atrás dos Estados Unidos. O paciente com diagnóstico de morte encefálica internado no hospital, torna-se um doador em potencial, assim, faz-se necessário a confirmação da morte encefálica para dar início ao processo. O primeiro passo é informar aos familiares da possibilidade de adoção, por não ser obrigatória, é necessário o consentimento da família. Objetivo: Descrever o papel do enfermeiro e suas responsabilidades na captação e armazenamento de órgãos. Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência. Esta vivência ocorreu no centro cirúrgico de um Hospital Público de nível terciário referência no tratamento de alta complexidade em traumatologia. A experiência aconteceu no mês de maio de 2022 compondo carga horária teórico-prática proposta pelo Programa de Residência Multiprofissional em Cuidado Cardiopulmonar. Resultados: A enfermagem atua diretamente em todo o processo, desde o acolhimento do potencial doador, em todos os passos da captação, locação e transplante do órgão. A equipe de transplante do hospital no qual ocorreu a vivência coletou as informações do doador e avaliou se o órgão estava apropriado para o receptor. Após a avaliação, uma equipe composta por 1 médico, 1 enfermeira e 1 técnico de enfermagem foi enviada ao hospital em que o doador se encontrava. O enfermeiro da equipe ao chegar na unidade prosseguiu com a anotação do horário em que o doador entrou no centro cirúrgico, termo de consentimento da família, idade, peso, altura, tipo sanguíneo, comorbidades, exames laboratoriais recentes, drogas utilizadas pelo anestesista, quantidade de hemoderivados, horário da primeira incisão, horário em que o órgão foi retirado e quantidade de conservante. Conclusão: É de extrema importância que o enfermeiro tenha um preparo técnico e científico especializado para realizar todo processo captação de órgãos com tempo hábil e ética, garantindo uma assistência de qualidade para o paciente. O profissional enfermeiro é responsável por executar as fases do processo de transplante, planejamento de assistência de enfermagem, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem ao paciente doador e receptor do órgão.