A hospitalização de uma criança pode causar um desgaste psicológico para ela e para a família, por isso é importante como o profissional conduz esse momento, para que todos sintam-se seguros. Quando trata-se de crianças que possuem Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), essa comunicação e cuidado tornam-se ainda mais desafiadoras para os profissionais, considerando que a criança apresenta déficits sociocomunicativos e comportamentais, necessitando de estratégias para a condução desses momentos e dentre estas a utilização de brinquedos terapêuticos. Este estudo tem o objetivo de relatar a experiência da construção de um brinquedo terapêutico para auxiliar na comunicação entre enfermeiro e crianças com TEA. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado a partir da construção de um brinquedo terapêutico que foi feito com materiais reciclados e representa a fisionomia de um boneco, no qual a criança vai poder trocar o rosto sempre que quiser demonstrar uma expressão diferente. O material utilizado para a execução do brinquedo, foi uma garrafa pet, 21 tampas de garrafas pet, folhas de papel duplex, tinta guache e linha grossa. Primeiro, iniciou-se pintando a garrafa com a tinta, depois foram feitos furos no meio de todas as tampas, onde foi inserida a linha para formar os braços e as pernas do boneco. Cada rosto do boneco, que poderá ser trocado pela criança, foi feito com cartolina, em formatos geométricos diferentes e colados em tampas que poderão ser rosqueada na garrafa. Cada rosto demonstra uma expressão e são representadas por formatos diferentes, o rosto desenhado no círculo tem a expressão de alegria, o que foi pelo quadrado tem a expressão de raiva e o que foi cortado em formado de triângulo representa tristeza. Percebe-se a dificuldade de interação pelas crianças autistas, por isso, o intuito do brinquedo, é fazer com que o profissional de saúde, desenvolva um vínculo e uma melhor comunicação, mesmo que seja de maneira indireta, com esses pacientes. Ao utilizar o brinquedo espera-se favorecer a coordenação motora, a estimulação tátil, o reconhecimento das formas geométricas e que a criança consiga expressar os seus sentimentos naquele momento a partir do rosto escolhido para compor o boneco. Neste âmbito ressalta-se a importância da utilização de ferramentas interativas para desenvolver capacidades motoras, cognitivas e auxiliar na comunicação do paciente com o profissional proporcionando uma atenção mais humanizada.