Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POP COVID-19 EM PENITENCIÁRIAS BRASILEIRAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Hélcia Carla dos Santos Pitombeira
Autores:
- Francisco Tércio Fernandes Alves e Silva
- Laura Brizie Figueiredo de Brito
- Janaina Freitas do Nascimento
- Lorenna Arraes Borssari
- Márcia Alves de Araújo Bento
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O surgimento da pandemia de covid-19 impactou a saúde mundialmente. No Brasil, o combate à disseminação do vírus SARS-CoV-2 significou o reordenamento de ações e serviços de saúde. Dada a transmissibilidade do agente infeccioso, que ocorre principalmente através de contato pessoal próximo, a adoção de medidas de prevenção e controle em instituições de confinamento torna-se um desafio sobrepujante no enfrentamento à disseminação da doença. Desse modo, é necessário dispor de meios que possam garantir o direito à saúde aos indivíduos privados de liberdade e promover ações que sejam capazes de reduzir os riscos de adoecimento e agravos. Objetivos: Relatar a experiência de profissionais de enfermagem acerca da elaboração e implementação do Procedimento Operacional Padrão Covid-19 no âmbito do Sistema Penitenciário Federal. Métodos: O POP sobre covid-19 foi elaborado por enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais membros de equipe multiprofissional que atuam nas cinco penitenciárias federais vinculadas ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, de abril de 2020 até julho de 2022. Resultados: Após buscas nas recomendações da OMS e órgãos sanitários, foram realizadas discussões e elaboração do POP sobre covid-19 no sentido de adequar as medidas de combate ao vírus a um espaço limitado caracterizado por aglomeração de pessoas. Com a normatização, o documento foi massivamente implementado, sobretudo com ações de enfermagem intramuros. O protocolo também foi amplamente divulgado para ser replicado nas unidades penitenciárias estaduais de todo o país. Foram realizadas ações de promoção, prevenção e assistência à saúde das pessoas privadas de liberdade, tais como: exposição a banho de sol, distribuição de máscaras descartáveis, identificação de indivíduos com fatores de risco, campanhas de vacinação, ampla oferta de testes diagnósticos, isolamento de indivíduos suspeitos e confirmados em alas que impossibilitassem o contato com presos sadios, monitorização de sinais vitais, administração de medicamentos prescritos, regulação para atendimento em outros níveis de complexidade da rede. Conclusão: A elaboração de estratégias que sejam capazes de minimizar a disseminação do coronavírus no cárcere ainda é desafiador. Entretanto, a assistência de enfermagem voltada sobretudo à promoção e prevenção no contexto de confinamento e aglomeração pode representar impactos positivos na redução morbimortalidade da doença mundialmente disseminada.