Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
VIOLÊNCIAS E VIOLAÇÕES DOS DIREITOS DAS MULHERES DURANTE O PARTO
Relatoria:
Nattália Reis de Mesquita
Autores:
- Luzia Jóice Sales Tolentino
- Ana Júlia Benício da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Mesmo diante do movimento de humanização do parto e do avançar
dos direitos das mulheres conquistados, as gestantes ainda são grandes vítimas de
violência obstétrica. O parto é um momento marcante na vida da mulher, mas também
de muita vulnerabilidade, e quando associado ao desrespeito e despreparo dos
profissionais pode-se resultar em crimes de níveis físicos e psicológicos contra a
parturiente. OBJETIVO: Exteriorizar situações de violência sofrida pelas mulheres
durante o parto, assim como o incentivo ao empoderamento das gestantes para busca e
reivindicação dos seus direitos. METODOLOGIA: Estudo de revisão literária, cujas
bases de dados utilizadas foram: 1-BVS utilizando-se dos Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS): “Violência obstétrica”; “Direito das mulheres”; “Empoderamento”, para
pesquisa foram escolhidos dez artigos, em texto completo, língua portuguesa e com
recorte temporal de cinco anos; 2-Ministério da saúde; 3-Cartilha DIREITOS DA
GESTANTE: CONHECER PARA EXIGIR-NIEG/UFV. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A violência obstétrica se expande a vários âmbitos, a início temos a
violência física e sexual, que permeia desde o estupro na sala do parto, episiotomias
desnecessárias, ‘ponto do marido” e a violação do seu direito reprodutivo. A violência
verbal e moral durante os partos ocorrem com frequência: comentários ofensivos e
constrangedores que ferem o direito a respeito e dignidade da mulher. A prática sem
consentimento e negligenciar os pedidos da gestante são exemplos da violência
psicológica. Ter um acompanhante durante todo parto é direito da mulher e evita casos
de violência, além disso, a mulher e o acompanhante de sua escolha tem o direito de
conhecer com antecedência a maternidade e cobrar dos profissionais para que durante o
processo mantenha-os informados sobre todo progresso e pedir permissão a gestante
para realização dos procedimentos. CONCLUSÃO: Para diminuir os casos de violência
contra a mulher durante seu processo de parto é preciso que as ações educativas sejam
fortificadas e executadas principalmente durante o pré-natal, esse por sua vez, deve ser
seguido pela gestante e seu acompanhante. O empoderamento se inicia à medida que se
conhece os seus direitos, para assim exigi-los. Por fim, o incentivo a denuncia dos casos
de violência e violação dos diretos das mulheres é imprescindível, deve-se procurar
a secretaria de saúde ou a secretaria do próprio hospital e exigir uma cópia do
seu prontuário.