Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), é atividade privativa do enfermeiro o registro do processo de enfermagem de modo claro, conciso e coerente. O prontuário eletrônico veio facilitar o registro dessas informações, integralizando a assistência ao usuário e possibilitando a melhora da comunicação entre a equipe. Visto isso, é essencial que a tecnologia esteja cada vez mais presente nas instituições hospitalares, e a equipe de enfermagem cada vez mais qualificada para o seu uso. Este estudo tem como objetivo relatar a experiência da equipe de enfermagem de um hospital ortopédico utilizando a tecnologia.Trata-se de um relato de experiência realizado pelos profissionais e acadêmicos de enfermagem do setor de admissão de um hospital público ortopédico no município do Rio de Janeiro. A equipe de enfermagem utiliza o sistema como parte do processo de trabalho. Trata-se de um software que se apresenta como prontuário eletrônico, permitindo o registro da anamnese, diagnóstico de enfermagem (baseados no NANDA) e o registro das intervenções realizadas. O sistema é um facilitador, pois apresenta um roteiro que permite a coleta dos dados indispensáveis à internação do paciente ortopédico cirúrgico, garantindo a consulta posterior, por meio do sistema. Entretanto, tais documentos ainda precisam ser impressos e adicionados ao prontuário físico do paciente, visto o protocolo da instituição. Além do mais, alguns fatores precisam ser revistos, como os diagnósticos de enfermagem e seus definidores, que se encontram desatualizados, e as medicações suportadas pelo sistema. Outra característica influenciadora na fluidez da consulta de enfermagem é a qualidade técnica do software, portanto, este, uma vez obsoleto e sujeito a travamentos, torna-se agente impedidor para a continuidade do processo de enfermagem. Em suma, constata-se que, no contexto contemporâneo, a tecnologia deve ser a maior aliada do enfermeiro, promovendo condições facilitadoras para seu ofício. Destarte, vê-se a necessidade de checagens e intervenções periódicas na tecnologia em saúde, de modo que haja uma retroalimentação entre relatórios do seu manejo – pelos profissionais de enfermagem – e a realização de atualizações – pela equipe responsável.