Introdução: O Enfermeiro preceptor participa do processo de formação em saúde ao articular a prática com o conhecimento científico, transformando a vivência do residente no campo profissional em uma atividade de ensino necessária, que favorece um processo de construção de conhecimento significativo para a formação humana e profissional. Objetivos: Identificar na literatura as fragilidades relacionadas ao processo de acolhimento do preceptor e discutir os desafios e contribuições do preceptor para a formação do residente em Enfermagem. Métodos: Realizou-se revisão sistemática da literatura sobre preceptoria em Enfermagem, em publicações dos últimos cinco anos nas fontes de dados eletrônicas SciElo, Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde. Resultados: Os estudos selecionados abordam as residências como espaços de ensino de pós-graduação lato sensu voltados para a educação em serviço, tendo o hospital como um cenário orientador e condutor do processo de formação dos profissionais, contribuindo para a problematização da realidade cotidiana dos serviços e abordagem de ações educativas. Assim, a atuação do preceptor é importante no direcionamento e na construção do saber multiprofissional, pois, proporciona oportunidades de aprendizado e supervisionam as atividades práticas realizadas pelos residentes. Além disso, a formação superior em saúde, muitas vezes, prioriza as atividades assistenciais, enquanto as relacionadas à docência não são devidamente administradas, e com isso, os enfermeiros preceptores podem enfrentar dificuldades ao orientar os alunos, devido sua formação deficiente nesta área. Conclusão: Diante da permanente fragilidade da integração entre as instituições de ensino e os serviços de saúde, há a necessidade de se ampliar a concepção e o planejamento da preceptoria, no sentido de revisão e de inclusão de novas estratégias de integração ensino-serviço materializadas em ações de cooperação entre as instituições envolvidas para se compreender criticamente o papel do estágio e seu melhor aproveitamento como espaço de aprendizagem. Defende-se que Universidades que utilizam os enfermeiros das Instituições de Saúde para o acompanhamento dos alunos em estágio supervisionado, deveriam assumir sua formação pedagógica, garantindo melhores resultados na preceptoria.