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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E DE SITUAÇÃO DE SAÚDE ENTRE PESSOAS EM HEMODIÁLISE
Relatoria:
Juliana Martino Roth
Autores:
  • Eda Schwartz
  • Bruno Pereira Nunes
  • Lilian Moura de Lima Spagnolo
  • Juliana Dall'Agnol
  • Fernanda Lise
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A doença renal crônica é considerada uma doença crônica não transmissível, que consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins. No estado terminal, torna-se necessário realizar a terapia renal substitutiva. Esse estudo teve como objetivo descrever as características sociodemográficas e de situação de saúde das pessoas com doença renal crônica em hemodiálise na metade sul do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo com delineamento transversal, realizado em seis unidades de hemodiálise, com amostra por conveniência e do tipo consecutiva. Esse faz parte do projeto Atenção à saúde nos serviços de terapia renal substitutiva da Metade Sul do Rio Grande do Sul (Comitê de Ética em Pesquisa número 1.386385 e CAAE.1678615300005316). A coleta de dados aconteceu no período de março de 2016 a fevereiro de 2017. Utilizou-se um questionário com dados de identificação, socioeconômico e demográficos. Os dados foram digitados, com dupla entrada, no programa Epidata 3.1, e posteriormente a análise estatística descritiva e frequências simples. A amostra foi composta por 335 pessoas, com maioria do sexo masculino com 58,9% (197), faixa etária acima dos 51 anos de idade 71,3% (236), cor da pele autodeclarada branca 68,3% (228), e casado ou união estável 55,2% (185). Do total, 43,4% (145) tinham renda familiar entre > 1 e <= 2 salários mínimos, 18,0% (37) não sabiam ler, 14,0% (47) moravam sozinhos e 9,5% (32) residiam na zona rural. Em relação a aspectos comportamentais, 48,6% (142) tinham sobrepeso, 38,8% (130), não realizavam atividade física, 42,4% (142) eram fumantes pregressos e 10,5% (35) referiram consumir bebidas alcoólicas. Em relação a escolha do tratamento, 69,5% (233) não participaram da escolha do tratamento e referiram gasto com a compra de medicamentos 88,4% (235). As principais etiologias da doença renal crônica foram a nefropatia diabética 28,1% (94) e nefroesclerose hipertensiva 11,7% (38). Os resultados apontam para características que podem influenciar na fragilidade das pessoas em hemodiálise, aumentar a dependência funcional, quedas, hospitalização e mortalidade, intensificando a vulnerabilidade dessa população. Nesse sentido, a enfermagem pode contribuir na prevenção de complicações relacionadas a doença renal crônica com base em achados epidemiológicos e subsidiar a melhora na qualidade de vida das pessoas em hemodiálise.