Introdução: Viver com ostomia é um desafio para a maioria das pessoas e o apoio social, inclusive do enfermeiro, visa fornecer o conforto biopsicossocial proporcionando ao indivíduo o cuidado e orientações para o autocuidado, inserindo-o em uma rede de comunicação mútua. Nos grupos de autoajuda, que podem ser vistos como um sistema complementar ao tratamento, há compartilhamento de informações, troca de experiências, além de motivação para mudanças. Objetivo: Relatar a experiência da participação do enfermeiro em um Grupo de Ostomizados. Método: Trata-se do relato de experiência acerca de dois encontros de um Grupo de Ostomizados, entre junho e julho de 2022, cujos pacientes pertencem a dois municípios vizinhos da 7ª Regional de Saúde de Santa Catarina. Os encontros foram mediados por três enfermeiras e envolveu no total 11 pacientes, dos quais 3 estavam acompanhados em sua maioria por familiares de primeiro grau. Os encontros foram realizados no Auditório do Ambulatório Médico Universitário e tiveram duração média de 1 hora e 30 minutos. Resultados: A interação resultou em palestra educativa, demonstração dos tipos de equipamentos coletores disponíveis no mercado, relatos de vivência dos próprios pacientes, culminando com a entrega dos materiais de uso próprio aos pacientes. Os ostomizados com maior tempo de participação no grupo foram os responsáveis em relatar a importância das atividades coletivas. Estudo revela que entre os objetivos de um Grupo de Autoajuda está o empoderamento do indivíduo para lidar com suas habilidades de enfrentamento; compartilhamento de assuntos em comum; superação dos problemas presentes; além da avaliação das vantagens e desvantagens de métodos de enfrentamento do uso de ostomia. Assim como no estudo de Swift, observou-se que membros do grupo trouxeram acompanhante, enquanto outros, apesar de estarem desacompanhados, vieram demostrar solidariedade aos recém-ostomizados. Observou-se que a nutrição é um fator condicionante para o sucesso dos ostomizados intestinais em relação aos termos calóricos e para a adaptação das bolsas no abdômen. Conclusão: O Grupo de Autoajuda melhora o enfrentamento biopsicossocial, gera conhecimento e esperança aos ostomizados. Neste contexto, o enfermeiro tem nas ações de educação em saúde o centro da sua prática profissional, e vem se destacando na elaboração e execução de grupos educativos em diversas áreas, especialmente na Atenção Primária para a Promoção de Saúde.