A superlotação nos serviços de urgência hospitalar é ocasionada pela grande demanda de pacientes, o que atualmente representa um fenômeno crescente, gerando um impacto enorme na saúde pública, pois acarreta em insegurança para os pacientes bem tanto para os profissionais de saúde. Um dos fatores que contribuem para esse fenômeno seria o mal funcionamento das unidades básicas de saúde, fato notório nos acolhimentos de vários prontos atendimentos do país. O presente estudo tem-se por objetivo, descrever a experiência referente a superlotação em um serviço de urgência de Pernambuco. Construído de forma empírica, no ano de 2022, mediante a vivência de enfermeiras do setor, no qual viu-se os grandes impactos gerados pela superlotação no serviço. Várias causas da superlotação são percebidas no cotidiano, notado pelo encaminhamento indiscriminado de pacientes para as unidades de pronto atendimento, pelo fácil acesso que esse setor propicia. Essas variáveis são responsáveis por gerar consequências imediatas, ocupação de espaço valioso no pronto-socorro, clientes temporariamente alocados em macas nos corredores, o que implica em um déficit na assistência médico-hospitalar até que sejam disponibilizados leitos para internação, se receba alta ou mesmo se apresente um agravo que induza ao óbito do paciente, percebendo os aspectos culturais como as principais causas deste fenômeno. Frente a esse cenário, é incontestável a importância de uma boa gestão nas unidades de saúde, em especial, naquelas que ofertam serviços de urgência e emergência como estratégia, a fim de combater as questões que resultam em superlotação dos serviços, objetivando a melhora do sistema de saúde nacional.