Em 7 de março de 2020 foi confirmado o primeiro caso da doença do novo coronavírus (COVID-19) na cidade de Assunção, no Paraguai e o Departamento de Alto Paraná foi indicado como um dos lugares com mais casos de COVID-19, por isso o objetivo dessa pesquisa foi analisar a epidemiologia da COVID-19 nos Hospitais paraguaios. Método descritivo-exploratório com análise quantitativa, baseada nos exames realizados em 12.071 pacientes em quatro Distritais de Hernandarias, Minga Guazú, Presidente Franco e no Hospital Regional de Ciudad del Este, que estão localizados na região fronteiriça do Paraguai com Foz do Iguaçu, Brasil, utilizando os dados da ficha de notificação de caso suspeito de Covid-19, utilizado pelo Ministério de Saúde do Paraguai. Os dados foram compilados a partir de documentos disponíveis e públicos, nas páginas oficiais do Ministério da Saúde e Previdência Social do Paraguai, portanto, a submissão ao Comitê de Ética não foi necessária. O maior número de exames foi realizado no Hospital Regional de Ciudad Del Este com 81,26% dos exames realizados, no período de janeiro a outubro de 2020. No que se refere à variável sexo, o atendimento hospitalar às mulheres foi maior, com 50,56%, e os homens com 49,43% de realização do teste para Covid-19. Observa-se que a maioria dos pacientes que realizaram o teste para Covid-19, estava distribuída na faixa etária de 20 a 39 anos, correspondendo a 52,14%, seguida por aqueles de 40 a 49 anos (16,60%), esses percentuais são predominantes em todos os hospitais analisados. É importante mencionar que existe um grupo sem registro, revelando a subnotificação mesmo em tempos de pandemia. Os sintomas mais indicados foram: tosse, dor de garganta, cefaléia, congestão nasal, coriza ou rinorreia e febre. Os fatores de risco com maior predominância foram diabetes, asma, cardiopatia crônica e obesidade. Pode-se observar que quase 70% dos exames analisados foram negativos, 25,03% foram casos positivos e quase 5% estavam pendentes ou inconclusivos. Os dados coletados corroboram os achados da literatura disponível até o momento de que a COVID-19 é uma doença transmissível, com letalidade baixa a moderada a depender das comorbidades e presença da vacinação.