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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
A DIFICULDADE DO DIAGNÓSTICO DA HANSENÍASE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
kely Regina Lima de Santana
Autores:
  • Polyana Keyla Ferreira Neves
  • Clara Fernanda Pires Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica, decorrente da bactéria Mycobacterium leprae, caracterizada por manifestações clínicas com o aparecimento de lesões cutâneas, podendo evoluir para incapacidades e deformidades físicas. Considerada um problema de saúde pública, o Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de ocorrências da doença, onde a índia ocupa o primeiro lugar. Através do Boletim Epidemiológico da Hanseníase de 2022, o Ministério da Saúde noticiou a redução de casos no ano de 2020, associando a atenuação na procura das Unidades de Saúde para a realização do diagnóstico, em virtude das restrições provocadas pela pandemia da COVID-19, assim como a sobrecarga dos atendimentos no sistema de saúde. Objetivo: Relatar a experiência de um projeto de extensão realizado na Orla de Olinda/PE voltado à educação em saúde acerca da hanseníase. Metodologia: Tem por título “Hanseníase na Orla de Olinda: Educação em saúde à população”, idealizado por acadêmicas do curso de Enfermagem, orientado pela Enfermeira e docente, tendo início em Setembro de 2021 e conclusão em Março de 2022. Foram planejadas ações de educação em saúde com a implementação de dinâmicas executadas após a apresentação das informações clínicas, epidemiológicas e sociais da doença. Resultados: No decorrer da conversa com os participantes durante as ações, ouvimos relatos de pessoas que apresentavam manchas sugestivas da hanseníase, porém não procuraram um serviço de saúde por consequência da pandemia, bem como o medo de se infectar pelo vírus da COVID-19, preferindo optar por cumprir as restrições e buscar assistência de saúde após a pandemia. Além disso, foi relatado acerca da redução no quantitativo de atendimentos nas Unidades de Saúde com o objetivo de evitar a superlotação, assim como a dificuldade na realização do diagnóstico da hanseníase, visto que o isolamento social impossibilitou que os profissionais de saúde realizassem a busca ativa nas comunidades. Conclusão: Portanto, a dificuldade no diagnóstico da hanseníase durante a pandemia da COVID-19 resultou no aumento de casos, assim como no agravamento das lesões dos pacientes diagnosticados. Dessa forma, torna-se fundamental o retorno na implementação de práticas educativas e buscas ativas nas comunidades, visando identificar novos casos para realização do diagnóstico e tratamento precoce, visando a prevenção de incapacidades e deformidades físicas.