Introdução: A Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação (SHEG) é considerada como um dos principais problemas à nível de saúde pública relacionada ao período gravídico puerperal. Devido sua alta taxa de morbimortalidade materna e perinatal, acometendo aproximadamente 10% das gestações em todo o mundo. Objetivos: O presente estudo visa analisar as tendências das produções científicas em busca de identificar os principais fatores de riscos relacionados a SHEG. Métodos: Foram pesquisados descritores: “Hipertensão Arterial Sistêmica”, “Gestação”, “Fatores de Risco” e “Brasil”, através dos Descritores em Ciências da saúde (DeCS), termos específicos que permitiram conduzir a pesquisa e filtrar o assunto. Foram identificados 34 artigos científicos, no idioma português, publicados entre os anos de 2015 a 2019, escrito por acadêmicos de enfermagem e/ou enfermeiros. Resultados: A literatura selecionada neste apanhado mostra que o grupo de risco é composto de mulheres com idade inferior a 18 ou após 35 anos de idade, brancas, multíparas, obesas, diabéticas e com histórico ou diagnóstico de hipertensão. A fisiopatologia não está completamente elucidada, sendo atualmente considerada uma rejeição imunológica aguda da mãe em relação ao concepto (BARROS E NUNES, 2018). Conclusão: A associação entre hipertensão arterial crônica e gestação mostra fator de risco para complicações maternas e perinatais. Este estudo mostra que ao longo dos anos, os problemas perinatais não diferiram entre os autores, identificando-se que não houve mudança no panorama gestacional de mulheres hipertensas crônicas. As mulheres consideradas hipertensas de baixo risco têm desfecho gestacional semelhante a população geral, enquanto as intercorrências perinatais estão fortemente associadas à hipertensão crônica de alto risco, nas quais há agravo dos níveis pressóricos e lesões de órgãos específicos relacionados à causa da hipertensão.