Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES HOSPITALIZADOS COM FERIDAS CRÔNICAS
Relatoria:
KEZIA CRISTINA BATISTA DOS SANTOS
Autores:
- Gabriela Sellen Campos Ribeiro
- Tamires Barradas Cavalcante
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Feridas crônicas são definidas como rupturas na pele com período de duração superior a seis semanas, que não seguem o processo cicatricial normal e que podem persistir apesar da implementação de cuidados adequados. No Brasil, constituem sério problema de saúde pública, devido ao impacto psicológico, social e econômico gerados ao paciente, associado aos elevados e crescentes custos para o sistema de saúde. Pacientes com feridas crônicas são atendidos nos diferentes pontos da rede de atenção à saúde, sendo a internação um momento oportuno para intervenções com o foco na qualidade de vida, seja por meio de orientações ou pelo uso de outras tecnologias para tratamento de feridas características deste ambiente. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida de pacientes hospitalizados com feridas crônicas utilizando a versão brasileira do instrumento Freiburg Life Quality Assessment Wound (FLQA-Wk). METODOLOGIA: Estudo analítico, transversal com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 30 pacientes internados com feridas crônicas em um hospital universitário do nordeste do Brasil, no período de agosto de 2017 a janeiro de 2018. Para coleta de dados utilizou-se um questionário de avaliação mental, formulário socioeconômico e clínico e o FLQA-Wk. As variáveis utilizadas no estudo foram: sexo, idade, cor da pele, renda familiar, escolaridade, tempo de internação, mobilidade, tipo de ferida, número e área da ferida, sinais de cicatrização e sinais de infecção. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão sob nº 2.135.308. RESULTADOS: A maioria dos pacientes eram do sexo masculino (70%), com idade entre 19 e 77 anos com média de 47,1 (DP±15,66) anos, raça parda (56,7%), ensino fundamental incompleto (43,3%) e renda familiar entre 1-2 salários mínimos (40%). Os dados de qualidade de vida mostraram que o FLQA-Wk obteve pontuação média de 3,15 (DP±0,63). O domínio com maior interferência na qualidade de vida dos pacientes hospitalizados foi vida social e o de menor interferência, bem-estar psicológico. Foi encontrada associação significativa entre maior idade e mobilidade totalmente limitada com uma pior qualidade de vida dos pacientes internados. CONCLUSÃO: Este estudo contribui para o planejamento e implementação de ações de enfermagem com foco nos aspectos biopsicossociais que colaborem para uma melhor qualidade de vida dos pacientes e como subsídio para pesquisas futuras.