INTRODUÇÃO: A hipotensão acontece quando existe uma queda significativa da Pressão Arterial (PA), e apesar de não existir um limite ainda definido permitindo o diagnóstico da hipotensão, os valores abaixo de 90/60 mmhg, já podem ser considerados. Habitualmente a hipotensão no período pós-parto pode se apresentar devido a mudança brusca na posição do corpo, perda volêmica, jejum e cansaço em trabalho de parto prolongado. Os sintomas da hipotensão geralmente são transitórios e incluem: visão turva, palidez, tontura, náuseas, vômitos e desmaios. OBJETIVO: Descrever a prestação de cuidados de enfermagem e a conduta frente ao quadro de hipotensão em uma puérpera no pós-parto imediato. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência, baseado na prática de prestação de cuidados em um Hospital Universitário, correlacionado com a fundamentação teórica na revisão da literatura. RESULTADOS: Puérpera, pós-parto normal com laceração grau II, feito sutura, útero contraído abaixo da cicatriz umbilical, lóquiação fisiológica e com boa aceitação da dieta. Nega vícios e comorbidades. À admissão no Alojamento Conjunto em companhia do recém-nascido, apresentou-se lúcida, comunicativa, sem queixas, sinais vitais dentro da normalidade, sendo PA:130/80 mmhg. Ao ser encaminhada ao banho de aspersão, apresentou importante hipotensão PA: 80/40 mmhg, com queixa de tontura, visão turva e sensação de desmaio. Sendo necessário intervenção rápida da enfermagem afim de colocá-la na posição sentada, bem como a infusão rápida endovenosa de 500 ml de Ringer Lactato via acesso venoso periférico, afim de fazer a reposição volêmica. Logo após a mesma foi encaminhada ao leito, apresentando melhora gradual do quadro. Não sendo necessário outro tipo de intervenção. CONCLUSÃO: A terapêutica no caso da hipotensão pós-parto, consiste apenas na remoção da sua causa e evitar que o paciente sofra quedas. Os cuidados incluem colocar o paciente na posição sentada ou deitada com as pernas elevadas e iniciar a infusão de 500-1000 ml (SF 0,9% ou Ringer Lactato). Deve-se ainda orientar a paciente a elevação gradual, sentando na beira da cama alguns minutos, antes de levantar-se. Observou-se nesse caso, que a puérpera não apresentava nenhuma comorbidade e não houve durante o parto qualquer intercorrência que pudesse evoluir para a hipotensão pós-parto, sendo esta uma complicação bem comum na prática clínica, devendo a enfermagem estar apta ao manejo rápido e eficaz dessa importante intercorrência do puerpério.