A avaliação sistematizada do desenvolvimento da competência de autocuidado da pessoa com estomia de eliminação intestinal permite ao enfermeiro identificar necessidades individuais e promover um cuidado de enfermagem relacional . Essa avaliação na prática clínica dos profissionais de saúde é vigorosamente recomendada, com alto nível de evidência, pois a análise mais aprofundada de variáveis e processos que influenciam o autocuidado pode contribuir para uma descrição mais objetiva desse fenômeno. No Brasil, o autocuidado de pessoas com estomias de eliminação não é avaliado de forma sistemática e não se utiliza ferramentas específicas. Objetivo: identificar tecnologias para avaliação da competência para o autocuidado de pessoas com estomias intestinais de eliminação intestinal. Metodologia: Trata-se de estudo de revisão integrativa. A busca teve como fonte a Biblioteca Virtual em Saúde utilizando os descritores “Avaliação em Enfermagem”, “Autocuidado”. A estratégia foi construída cruzando descritores, usando o operador booleano “AND” e “OR”, e filtrando artigos publicados nos últimos 10 anos, sem exclusão de idioma, resultando em 184 artigos identificados. Foram excluídos artigos de ensaios, debates, relatos de experiências e pesquisas, cujo objeto fossem outras estomias. Foram selecionados 3 estudos, cujo horizonte temporal variou de 2012 á 2019. Resultados: Foram encontradas três tecnologias para avaliação do autocuidado de pessoas com estomias de eliminação intestinal, sendo elas: Formulário de Avaliação da Competência de Autocuidado da Pessoa com Ostomia de Eliminação Intestinal (Portugal), Specific Self-Care for Ostomized Patients Questionnaire (Espanha), Ostomy Self-Care Index (Itália). Todas as tecnologias foram validadas em seus países e foram construídas com ancoragem teórica, especialmente o Formulário de avaliação da competência para o autocuidado da pessoa com ostomia de eliminação intestinal, que foi fundamentado na Teoria do Déficit do Autocuidado. Conclusão: O Brasil não possui tecnologia validada para avaliação da competência do autocuidado de pessoas com estomias de eliminação intestinal. As ferramentas encontradas na literatura não foram validadas para uso no Brasil, logo exigem adaptação transcultural. A falta de ferramenta específica para avaliação do autocuidado torna-se desafiador para a concepção de melhores estratégias assistenciais, educacionais e políticas públicas para essa clientela.