O presente trabalho tem como objetivo caracterizar o grau de dependência dos pacientes atendidos pelo programa Melhor em Casa em Rio Branco-Acre. São do sexo masculino 54% dos participantes, a média de idade foi de 50 anos (DP =19,81), com a predominância de pacientes com 51 anos ou mais, sendo estes 52%. Como resultado, encontrou-se que 13,68% não possuem habilidade de comer sem auxílio e 5% podem fazê-lo parcialmente. Necessitam de ajuda para aprontar-se 15,79% e 20% a necessitam em partes. Para banhar-se, 11,58% necessitam de ajuda parcial e 17,89% não podem fazê-lo sem assistência. Quanto a habilidade de vestir-se na parte superior, 10,53% necessita de ajuda em alguma parte e 17,89% carecem de ajuda em todo o processo. Na parte inferior, 21,05% não o conseguem e 26,32% se vestem parcialmente. Não controlam a bexiga 17,89%, e 12,12% a controlam parcialmente. O intestino não é controlado em 6,06% dos pacientes, e 9,09% o controlam parcialmente. A transferência sem auxílio para a cama – cadeira - cadeira de rodas acontece parcialmente em 8,08% dos entrevistados, enquanto 51,52% dos não o consegue. O deslocamento para o vaso sanitário não acontece para 48,98% dos pacientes, e 8% o faz de forma parcial. Por fim, o deslocamento vertical não acontece em 23,23% dos pacientes, e 50,51% necessitam de auxílio em alguma parte do processo. Foi notória a dependência dos pacientes da EMAD de Rio Branco em relação à mobilidade, o que condiz com seus próprios relatos de insatisfação e tristeza. É importante a atenção aos aspectos físicos e psicológicos desse paciente, já que a não compreensão pode levar à falta de colaboração no tratamento, além de considerar os aspectos físicos e emocionais de seu cuidador, pois a família é importante fonte de apoio no processo de recuperação.