Introdução: Ao fim de 2020, teve início a imunização contra o SARS-CoV-2 em alguns países europeus e Estados Unidos. No Brasil, o uso emergencial de duas vacinas, foi autorizado em janeiro de 2021. A enfermagem do trabalho reconhece riscos ocupacionais, acompanha doenças ligadas às atividades laborais e idealiza rotinas de prevenção, como a imunização. Objetivo: Relatar o impacto da imunização contra COVID-19 sobre o afastamento laboral em um Hospital Universitário. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, das ações de imunização da equipe de enfermagem do trabalho de um Hospital Universitário. Resultados: A enfermagem do trabalho, atuou na logística de imunização dos colaboradores e tratativas relacionadas a afastamentos por adoecimento. Em 2021 foram imunizados 1308 colaboradores contra COVID-19, entre os meses de janeiro e fevereiro. Concluído o esquema vacinal, pode-se observar que apesar da variante delta, circulante no ano de 2021, ser mais contagiosa registramos 169 casos de empregados contaminados, contra 362 casos no ano de 2020. A média de dias de afastamento foi de 12 dias em 2020 e de 9 dias em 2021, observando-se o impacto positivo no absenteísmo por infecção pelo coronavírus. Com a chegada da variante ômicron, no primeiro trimestre de 2022, houve 346 casos confirmados, com média de 6 dias de afastamento. A enfermagem do trabalho ainda, realizou agendamento e monitoramento de resultados de testes COVID, analisou atestados relacionados a COVID e registrou na frequência do empregado o afastamento, alimentou planilhas , constituindo um banco de dados que permitiu realização de estatísticas para tomada de decisões, e manutenção da totalidade dos atendimentos prestados no hospital, sem a necessidade de novas contratações ou bloqueio do atendimento ambulatorial como nos anos anteriores. Apesar do número de casos superior aos anos de 2020 e 2021, as características mais brandas da variante permitiu o retorno mais breve ao trabalho. Conclusão: A atuação da equipe de enfermagem do trabalho na imunização de trabalhadores é relevante para prevenir a transmissão da COVID-19 de profissionais infectados para pacientes, para outros profissionais, no ambiente hospitalar ou meio social, reduzindo significativamente a taxa de absenteísmo relevante para o serviço, com reflexos diretos aos usuários do SUS que dependem do atendimento prestados por colaboradores, mantido, apesar do recrudescimento dos casos entre empregados.