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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DE BRUMADINHO NO PERÍODO ENTRE 2010-2020
Relatoria:
Diêgo Wilton Ricardo dos Reis
Autores:
  • Raniere Vitoria Quaresma Nascimento
  • Vanessa Moura da Costa Campos
  • Ana Paula Gonçalves dos Reis
  • Cláudio da Fonseca Rodrigues Panta
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível de caráter sistêmico, causada pela bactéria gram-negativa Treponema pallidum. A transmissão ocorre por via sexual, transfusão sanguínea ou vertical, por via transplacentária ou no momento do parto durante a passagem do feto pelo canal vaginal, ocasionando a sífilis congênita. OBJETIVO: Identificar o perfil epidemiológico da sífilis gestacional em Brumadinho no período entre 2010-2020. MÉTODO: Estudo epidemiológico descritivo, transversal, com os dados de Sífilis Gestacional notificados no município de Brumadinho no período de 2010 a 2020, disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Variáveis estudadas: idade gestacional, faixa etária, escolaridade, raça e classificação clínica da doença. RESULTADOS: No período estudado foram identificados 43 casos de gestantes com sífilis no município, com média de 3 casos ao ano e predomínio em 2016 (n=11). A maioria dos diagnósticos ocorreram durante o primeiro trimestre de gestação (n=19), entretanto, um número significativo ocorreu no terceiro trimestre gestacional (n=15). Houve maior índice durante a fase de latência de infecção (n=14), contudo, destaca-se que 28% dos casos foram diagnosticados enquanto a doença apresentava-se na fase primária (n=12), sugerindo falhas na classificação e rastreamento, pois espera-se maior incidência na fase de latência. 55% das gestantes notificadas possuíam faixa etária entre 20 a 29 anos de idade, o que pode estar relacionado à idade reprodutiva da mulher uma vez que estão sexualmente ativas. Ademais, houve maior incidência em mulheres pardas (n=21), porém 21% dos registros ignoraram esta informação (n=9). Quanto à escolaridade, a maioria dos registros não considerou esta variante, onde 56% dos registros ignoraram este dado. CONCLUSÕES: Em Brumadinho as mulheres com sífilis são, principalmente, jovens, pardas, diagnosticadas no primeiro trimestre de gestação e em infecção latente. A atuação da enfermagem no cuidado ofertado às gestantes com sífilis, deve fundamentar-se nos protocolos assistenciais vigentes, reforçando a importância da adesão ao tratamento visando minimizar o número de casos. O estudo evidenciou a ausência de alguns dados disponíveis no SINAN, comprovando que a subnotificação é um fator prejudicial na assistência às gestantes. Assim, faz-se necessário capacitações para suprir esta falha, melhorando o sistema de notificação e fornecendo dados que reflitam a realidade local.