Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ACIDENTES DE TRÂNSITO ENVOLVENDO CRIANÇAS: VISÃO DAS MÃES
Relatoria:
Franciele Foschiera Camboin
Autores:
- DEBORA FALLEIROS DE MELO
- MARTA ANGÉLICA IOSSI SILVA
- Camila Patrícia Rauber
- Vanqueila da Silva Beralde
- Yasmin Isquierdo
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os acidentes de trânsito envolvendo crianças têm gerado números crescentes de óbitos ou incapacidades e provocado inquietações nos profissionais de saúde. Objetivo: analisar a ótica das mães acerca dos acidentes de trânsito envolvendo crianças na faixa etária de cinco a nove anos na perspectiva da vulnerabilidade e do cuidado para a prevenção deste agravo. Metodologia: Este estudo é parte de tese de doutorado, possui abordagem qualitativa. Foi realizado com 10 participantes na cidade de Cascavel no Paraná/PR. O estudo seguiu as exigências da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado sob o Parecer 1.761.748. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2017, por meio de entrevistas semiestruturadas, utilizando o Programa R no pacote RQDA e analisados segundo modalidade temática indutiva. Os resultados foram retratados em mapa temático. Resultados: Para as mães o acidente de trânsito significa ausência de comportamentos seguros. A dificuldade em expressar o que era o acidente de trânsito foi preponderante nas falas, assim como o motivo que desencadeou o acidente, ou seja, os conceitos de imperícia, imprudência e negligência e os sentimentos evidenciados foram o culpa, medo, a tristeza, trauma, desespero e revolta, destacando a dificuldade em se perceberem como agentes passíveis de sofrer acidentes de trânsito e apontando à conscientização como a forma de evitá-los. Também apareceu nas falas que a infraestrutura das vias, a falta de iluminação pública, a ausência de faixa de pedestres seguras, uso/abuso de álcool, o excesso de velocidade e a falta de sinalização são aspectos que interferem na vulnerabilidade e proteção. Conclusão: Compreender sua própria vulnerabilidade e a vulnerabilidade individual de seus filhos, diante da possibilidade de se envolver em um AT, se faz necessário para que ambos desenvolvam atitudes de prevenção e proteção. Conhecer tais fatos e depoimentos permite que o enfermeiro promova ações de promoção à saúde da criança, pois ao caso contrário os perigos que rondam o cotidiano da criança permitem que ela esteja constantemente vulnerável e exposta.