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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
VIOLÊNCIA CONTRA PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: DILEMAS ÉTICOS DOS DESAGRAVOS PÚBLICOS
Relatoria:
Lucinete Duarte dos Santos Ferreira
Autores:
  • CLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSO
  • SANDRO HENRIQUE BARBOSA
  • DIANA DE MATTOS PROCÓPIO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A violência contra profissionais de enfermagem é um fenômeno de interesse para a Saúde Pública, pois, seus desfechos impactam diretamente nos custos e qualidade do sistema de saúde. Apesar de sua relevância, a violência tem sido negligenciada pelas instituições e o Desagravo Público é o instrumento administrativo e juridicamente possível, para minimizar os impactos sofridos pelo profissional. Ademais, os profissionais de enfermagem vivenciam dilemas éticos nas tomadas de decisões quanto ao desagravo, justificado por medo, insegurança e desinformação. Objetivo: Identificar os Dilemas Éticos encontrados nos procedimentos dos Desagravos Públicos da Enfermagem conduzidos pelo Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais – Coren-MG. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência de profissionais de enfermagem que atuam na comissão de combate a violência do Coren-MG. Os dados advêm de desagravos públicos conduzidos pelo Coren-MG no horizonte temporal dos últimos 5 anos (2017-2022). Resultado: A análise dos desagravos demonstrou que os principais dilemas éticos fundamentam-se na violência sofrida, e nas decisões tomadas pelos profissionais, nas quais: 1- Desistem da continuidade do processo de desagravo público; 2-São vítimas de violência e retornam de imediato ao exercício profissional sem acolhimento; 3 – Mantêm convivência com o ofensor no ambiente de trabalho muitas vezes sem a quebra de vínculo. Conclusão: A violência sofrida contra profissionais de enfermagem está banalizada nas instituições de Saúde. Os conselhos de Enfermagem dispõe dos Desagravos públicos como ferramenta de combate a violência, entretanto, muita vezes os profissionais de enfermagem não conseguem tomar decisões éticas, com vista a sua proteção por estarem em conflito com os limites estabelecidos pelas instituições empregadoras, ou por não conhecerem a finalidade e potencialidade do desagravo público.