Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DO BINÔMIO MÃE-FILHO DURANTE O CONTATO PELE A PELE EM CESÁREAS
Relatoria:
Hávila Kless Silva Gonçalves
Autores:
- Isabel Freitas dos Santos Nobrega
- Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque
- Vitória Germano de Sousa Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O contato pele a pele é uma prática natural, preconizada pela Organização Mundial de Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, além de ser ligado ao quarto passo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. O vínculo que se cria quando o contato pele a pele é estimulado, propicia emoções e recriações cognitivas que permitem que o recém-nascido seja visto como outro ser que precisa do colo materno, essa sintonia é facilitada por meio de práticas em saúde, que visam à promoção do bem-estar do bebê associado ao estado psicológico da mãe, desse modo justifica-se o estímulo à prática independente da via de parto. Objetivo: Observar os comportamentos de mães e recém-nascidos durante o contato pele a pele após partos cesáreas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, realizado em um hospital referência em atendimento obstétrico e neonatal de risco habitual, na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil, no período de agosto de 2018. Participaram da pesquisa 20 binômios mãe/recém-nascido que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: Idade Gestacional (IG) >= 37 semanas; primíparas ou multíparas com ou sem cesárea anterior; RN com Apgar >= 7 no 1º e no 5º minuto de vida que nasceram com boas condições de saúde. Foram excluídas as cesáreas de urgência. Utilizou-se para a coleta dos dados um check list dos principais comportamentos expressados por mãe e filho de acordo com os estudos e também aqueles observados durante a vivência. A pesquisa está sob o parecer Nº 2.382.055, conforme a Resolução 466/12. Resultados: Os comportamentos maternos predominantes em relação aos recém-nascidos foram os atos de conversar com o bebê e acariciá-lo. Dentre outros comportamentos maternos estavam fácies de incômodo, olhar para o recém-nascido, abaixar o braço para descansar, acalento, senso de proteção ao chamar acompanhante para olhar a filha enquanto dormia. Os mais evidenciados dos recém-nascidos foram abrir os olhos, chorar e dormir. Dentre outros comportamentos estavam virar o rosto contra a luz, levar a mão a boca, colocar a língua para fora, momentos de tranquilidade sem estar dormindo e ser acariciado pelo pai. Conclusão: Torna-se relevante que a enfermagem compreenda a língua corporal que é expressa pelas mães e pelos recém-nascidos para que se possa proporcionar um encontro genuíno capaz de atender as expectativas da mulher que gesta e espera vivenciar o contato pele na pele com o bebê.
Descritores: Comportamento materno; Enfermagem; Recém-nascido.